Ao passar de cada dia uma nova lagrima cai sobre meu rosto, costumava me perguntar se essa dor era amena ou se um dia iria me rasgar,mastigar e por fim devorar. Os dias andam, as noites caem e as madrugadas passam porém a solidão, e somente ela volta a me visitar, como uma velha amiga que chega sempre após o jantar, quando ela chega a casa muda, as cores se vão e o clima pesa, as musicas se tornam melancólicas e a minha visão sobre tudo se torna a mesma de uma pessoa medrosa, como pode um guerreiro de Ogum ser medroso? Me pergunto todas as madrugadas esperando chegar em algo além da conclusão pois a muito tempo já conclui que acordo como um homem e me deito como outro, todos os dias me ocorre uma transformação, ou melhor, uma reencarnação astral e mental sobre tudo que vivi e perdi, até aonde isso vai? Quantas vezes me desfragmentarei até encontrar o meu verdadeiro eu? Ao mesmo tempo o medo de enfim me encontrar só cresce , me tornarei eu alguém ignorante? Alguém que fecha a sua mente? Me tornarei eu alguém que eu desconheço? Lendo Caio Abreu me cai a certeza"Tudo vai passar, a vida é curta e amarga como um café com cigarros nas manhãs de quarta" na melancolia da vida aprendi: Toda dor tem sua razão e a cada dor se forma um novo homem vestindo esse coração.
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Crer-ser
RandomDesabafo pessoal, a procura da evolução porém ao mesmo tempo o medo de enfim se identificar. Uma jornada árdua sobre crer-ser, a procura entre emparelhar o ser com suas crenças se tornam enfim um espelho de seu credo.