A Filosofia da Guerra

Medos, Desejos e Motivos

É indubitável que antes de qualquer batalha, os combatentes sentirão medo, desespero, ansiedade e terão seus instintos acordados ao máximo.
Um péssimo comandante deixa a mostra os mesmos sentimentos que seus combatentes; um comandante mediano tenta não mostrar tais sentimentos; um bom comandante finge estar totalmente preparado para a batalha; só um verdadeiro comandante controlará tais sentimentos e comandará sua tropa de maneira clara ao ponto de seus combatentes esquecerem todo o medo e marcharão até os confins do inferno sem temer, sem tremer.

Aprender a controlar seu medo, seu desespero, é a chave para conquistar a vitória.
Por mais que um comandante não possa ler os corações dos seus soldados, ele pode entender a humanidade de cada um deles. Ele entenderá que o desespero é algo tão comum quanto respirar; tão inevitável quanto o batimento cardíaco.
Um péssimo comandante não dará ordens claras e apenas atrapalhará sua tropa e logo então, será motivo de risadas.

De acordo com Sun Tzu em "A arte da Guerra", conhecer o inimigo e a si mesmo é o caminho mais correto que trará a sonhada vitória. Não se deve sair em batalha antes que se tenha certeza da vitória.

O desejo contínuo e incontrolável de guerrear existe dentro de cada um, seja qual for o momento, o ser humano luta incansavelmente e sem ter ao menos, a garantia de vitória.

A guerra é como a chuva: inevitável, incontrolável, fria; uma mera consequência de questões mal resolvidas no passado. Ela só existe pois há uma busca pela paz. Uma utopia só existe perante à guerra.

Um comandante não pode incitar seus combatentes a morrerem por causas ridículas, mas pode incita-los a viver por causas ridículas. A guerra só faz sentido se houver um real motivo por trás, um motivo bom o bastante pra inspirar as pessoas a lutarem. Cada combatente, cada comandante, deve sair em batalha sabendo que já está morto, se voltar com vida, então, sairá com lucro.

Aqueles que desistem sem ao menos tentar estão fadados a derrota; aqueles que desistem após inúmeras tentativas, estão fadados ao descanso; apenas aqueles que não desistem estão fadados a dar a volta por cima do mundo e alcançar a redenção. Isso é guerrear.

O medo de morrer em batalhas; o desejo de lutar por uma convicção. Isso é guerra.