Capítulo 1.

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Eram 14:52hrs quando meu pai recebeu um telefonema. Ele estava calado, apenas ouvindo o que a pessoa atrás da linha falava. Minha mãe tinha ido ao hospital com minha avó, pois o mesmo havia ligado para elas, para solicitar um documento da minha tia, a qual eu apelidei carinhosamente de "Dedé"
Ela tinha tido uma parada cardiovascular, esse era o motivo do porquê ela estar no hospital. Há mais ou menos uma ou uma semana e meia ela estava lá, internada.
Assim que ela foi internada, eu achava que no final tudo ficaria bem, mas... O futuro brincou comigo e com meus sentimentos.
Ela foi a pessoa a qual eu mais amei em toda a minha vida, acredite. Ela daria a vida dela por mim sem hesitar, e isso me a fez amá-la, o amor que ela tinha por mim. Era como se eu fosse filha dela, algo assim.
Era um amor do qual eu nunca tinha visto em minha vida até então. Era incontável. Estava acima de toda e qualquer compreensão momentânea, tanto é que, no começo, eu não entendia o porquê daquele amor todo.
Só entendi depois de ela se ir, quando percebi que aquele amor era meu único refúgio de todo o dia ruim, de toda notícia que me abalasse.
Quando eu estivesse abalada, o amor dela seria como chá de camomila, pra acalmar. Quando eu me entristecesse, o amor dela seria aquele que transformaria toda dor em alegria. E eu fui ingrata.
Ela, sem dúvidas foi a pessoa que mais amei em minha vida, pena que eu não sabia disso. Assim que ela se foi, usei de poucas e vagas palavras para descrever a minha angústia e minha dor.

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