03.

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Não conversamos mais depois que o trânsito começou a andar, enquanto no carro só se ouvia o som do motor sendo acelerado, em minha cabeça se passava várias paranóias e pensamentos negativos tão fortes ao ponto de meus olhos se encherem d'água a cada ataque de meu consciente.

Quando finalmente chegamos em casa, saio como um jato para meu quarto, ouvi San me chamando enquanto eu "fugia" para o cômodo até então mais desejado por mim desde aquele acontecimento constrangedor, tranquei a porta do quarto deixando um San confuso batendo a minha porta.

Depois de alguns minutos respirando fundo, resolvo tomar um banho quente para relaxar minha mente e meus nervos que estavam todos tensos, mas não adiantou muito, pois San não parava de mandar mensagens dizendo que estava preocupado com minha ação tão repentina; eram ligações atrás de ligações, mensagens atrás de mensagens... não o respondia, o que deixava-o mais preocupado. Depois de 1 hora ausente, San começou a bater em minha porta.

- Wooyoung abra a porta! - permaneço em silêncio - Vamos Younginnie! O que houve para você ter essa atitude?? Alguém lhe fez algum mal? - um silêncio se estabeleceu por alguns míseros segundos - Eu.... Eu lhe fiz algo? - Sua voz havia saído com um timbre hesitante e choroso, o que fez meu coração errar algumas batidas e fazer-me abrir a porta de imediato.

Quando olho para frente, vejo uma linha em seu rosto onde estava escorrendo uma lágrima solitária, sua feição era de dor, não física mas sim emocional.

- Foi algo que eu lhe fiz? - Repetiu com sua voz trêmula.

- Não! - digo vidrado em seu rosto - foi algo que eu mesmo fiz...

Ele ficou me olhando profundamente, provavelmente tentando entender minha resposta para sua pergunta, seu olhar estava perdido no meu, tentando achar algum motivo que faria sentido para ele naquele momento.

- Me apaixonei pelo meu melhor amigo e não sei se ele corresponde esse sentimento....

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