Antes do sempre
Ainda me pergunto oque estou fazendo aqui. Envolta de velhos com a mesma classe que meu pai. Estou cheia das perguntas de sempre: Você namora? Oh que bochechas grande, está gorda, não acha? Suas unhas são tão pequenas, você a roí?
Qual é o idiota que quer saber se roou as unhas? Gorda? Estou no peso adequado para meus 17 anos. Namorado? Ninguém me suporta, não sou boa nisso. Não sou boa em relacionamentos. Só q uero sair dessa maldita festa. O mais de pressa possível.
- Step, essa daqui é a Scarlet.- olho para a menina morena, com cachos bonitos e dou um sorriso. Não forçado, mas não alegre.
A cara dela já diz que não queria está aqui, não quer conviver com esse bando de velhos e ricaços.
- Olá. – digo.
- Olá Step.- fala.
- Se importa ela fica aqui com você? – pergunta tia Fani.
- Sim… quer dizer não, sim ela pode ficar.- digo e tia Fani da um sorriso e solta a os ombros da Scarlet.
Olho para a menina. Cabelos cacheados, iguais ao meus, são castanhos, alta e com olhos castanhos também.
- Quem é seu pai? - pergunto.
- Rick Troffgen. – responde e senta ao meu lado. – E o seu?
- Gael Golbery. – respondo.
- Mora aqui á muito tempo? – pergunta.
- Não muito, acho que… sete ou oito anos. – digo.
- Hum…
- Oque levou seus pais para vim morar aqui? – pergunto.
Me viro para o bar e peço um drink.
- Dinheiro. – responde – E o seus?
- Mesmo propósito.- falo.
Meu pai é o tipo de cara que ama dinheiro. Ama luxo. Ama tudo que relacione a dinheiro. Ele sempre diz: Quando eu morrer isso tudo será para você, Stephanie.
Papai sempre diz isso quando pergunto algum sobre Golbery. Nossa empresa de automóveis.
- Sua mãe trabalha.
- Ela ajuda meu pai na empresa. – responde – E a sua?
- Morreu.
- Meus sentimento. – fala.
- Não sinta, ela deixou uma carta dizendo: amo você Gael… mas a sua filha irá ser um peso. Sua filha. Não nossa filha.
- Hum…
Vejo meu pai caminhar até mim. Pego minha bolsa e me levanto do banco.
. – Tchau Scarlet.- digo e ela sorrir.
- Tchau.
- Vamos. – diz meu pai, pegando em minha cintura.
Andamos até o estacionamento do salão e papai solta minha cintura e abre a porta do carro. Entro e me ajeito no banco atrás, papai entra em seguida e acena para Albert – motorista do meu pai.
- Quem era aquela menina? – pergunta
- Scarlet.
- Já mandei alguém arrumar suas coisas para Fors' t. – diz.
Aceno com a cabeça
- Oque houve? Está triste? – perguntou.
- Estou cansada, somente.
- Tem conversado com Taylor? – pregunta.
Bufo.
Taylor, o partido perfeito. Só mais uma cara que irá (caso eu aceite namorar ele) parti meu coração.
- Não
- Por que? – pergunta, e desliga o celular.
- Não quero conversar com ele. – digo.
- Por que?
- Pai, ele é irritantemente irritante! Além de ser cheio de…
- Razão? – completa.
Está bem. Ele pode ser o primeiro cara que é certinho e… perfeito. Não quero caras perfeitos e certos. Quero cara que erre também, que saiba que pode errar. Mas no caso de Taylor, não, não ele sempre está certo. Isso que me dá raiva. Se eu disser que é biscoito, ele diz que é bolacha. Não sei, mas como ele me olha é como se tivesse toda verdade, e isso me irrita. Ele é irritantemente irritante.
- Sim! Isso me irrita. – falo.
- Então você me acha irritantemente irritante? – pergunta. Olho para ele e nego. Meu pai pode ser um cara legal, até mesmo divertido. Mas nem sempre ele tem razão.
- Nem sempre o senhor tem razão, mas eu amo você. – digo.
Ele sorrir e me puxa me abraçando.