Sou um viajante errante, um peregrino em busca de descanso,querendo terminar a jornada e sempre voltando pro inicio da partida.
Quisera eu apagar todo o percurso de minha memória, fazer um backup, começar do zero e fazer tudo novo. A jornada seria mais cautelosa e os caminhos melhores escolhidos.
Quisera eu poder refazer o percurso de um jeito mais sábio, para o bem de todos que cruzei o caminho.
Quisera eu ter percebido a tempo e ter aceitado a companhia do cão e ter espantado a raposa ou talvez, ter ido pelo caminho mais longo e menos perigoso.No entanto, não levava mapa nem manual de instruçao.
Decidido a retomar de onde parei levo a certeza de que, poderei ainda errar, mas farei o possivel para magoar e ser magoado bem menos do que da primeira vez e,se um dia o destino me colocar em frente a raposa e o cão, à raposa darei um aperto de mão, pedirei desculpas por algo cruel(por mais que merecido)lhes faleie agradecerei pelo tempo que esteve comigo, quanto ao cão, pedirei perdão, e lhes darei comida,não como forma de redenção, mas por que reconheço agora que quando o encontrei eu precisava mais dele do que ele de mim e egoísta que fui tapei minhas feridas,escondi meu pão no alforge e apaguei minhas pegadas para ele não encontrar minha cabana, por que na verdade meu medo foi não ser bom o suficiente para ele e se ele notasse isso iria embora e me deixaria sozinho outra vez.
Eu só ainda não sabia que o cão não abandona àquele a quem a ele é fiel, e a raposa é astuta e rouba as galinhas do seu próprio galinheiro.