Capítulo 04

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           Abro as janelas do quarto, e o sol reflete no meu rosto, me fazendo respirar fundo e apenas sentir uma paz interior. Agradeço por finalmente conseguir um emprego, e que emprego dos sonhos.
Por um segundo,  deixo minha mente vagar em toda minha história até aqui, em tudo que passei, é inevitável não pensar, não sentir, é algo que ainda está muito presente. Lembro de minha mãe me dando conselhos para casar virgem assim como ela, minha mãe era religiosa até demais, para ela, tudo era impuro e pecado, não a julgo cada um tem a sua fé, mas ainda assim, fico pensando em como ela deveria estar, em como minha irmã mais nova deveria estar grande, não tenho mais notícias de nenhuma das duas, não sei nem se estão bem. Penso no monstro... será que fez mais vítimas? Meu coração chora só de pensar nessa possibilidade, ele me marcou e um dia irei fazê-lo pagar por tudo o que me fez, sei que não irei apagar o passado, mas farei de seu futuro um verdadeiro inferno.

          Penso em Thomas, no seu jeito arrogante, na forma que ele me olha e não faz a mínima questão de disfarçar, mas é muito abusado! " me dar sob pressão?" Só de pensar ouvir isso outra vez acho que minha mão iria voar na cara dele.
Talia me olhou estranho, parecia estar... com ciúmes, sim, ela estava com muito ciúme, ela parecia que ia voar em mim.

         Hoje era o meu primeiro dia de trabalho. Quando contei à Ingrid que consegui o emprego, ela só faltou me pegar no colo e correr pela casa que nem louca, tive que escutar os gritinhos dela e os pulos de alegria. Já estava fazendo planos apra o futuro e segundo ela, tínhamos que comemorar em grande estilo.

        Alice minha pequena me beijava a todo instante, ela ficou tão feliz que pediu uma coleção de boneca da luna de presente. 

— Alice mamãe está indo trabalhar, comporte-se na escolinha, ouviu? Tia Ingrid irá te deixar lá.

— Eba, tia Inguid quero sorvete — diz, animada.

— Nada de sorvete, você está resfriada.

— Mas tia Inguid disse que sorvete cura tudo. — diz, com os olhos fechados.

Ingrid ri.

— Tudo, menos sorvete — ela diz.

Alice volta a dormir.
Não aguento com ela.

— Essa menina um dia ainda vai me matar de susto, vê isso, ela fala como se estivesse acordada, até tem expressão no rosto.

— Isso me preocupa, será que é normal?

— Acho que sim, mas precisa levar ela no pediatra, já passou da hora.

Respiro fundo e dou um beijo na testa de Alice.

— Você não me contou tudo, ontem não é? Esconde algo?

Ingrid chegou meia noite e pouca, quando já estávamos dormindo.

Meu Delegado  [ DISPONÍVEL NO LERA]Onde histórias criam vida. Descubra agora