Enquanto a luz do dia ainda era bem presente, os Bankley decidiram ir tratando das limpezas da casa.
Megan entregou o bebé do seu colo para Aiden, que recebeu o seu irmão com um leve sorriso. Era muito difícil para Megan aceitar, mas os seus filhos não eram muito próximos, e esse é provavelmente o maior pesadelo de uma mãe orgulhosa.
Desviou os seus pensamentos, e do lado do seu marido, abriram umas caixas de tinta branca e começaram a pintar a madeira da sala, modernizando a sua casa e tornando-a mais aconchegante, e, enquanto iam trabalhando, sorriam como se ainda fossem jovens, atirando tinta um ao outro num gesto romântico e divertido.
Aiden não gostou muito da ''visão'', por isso, ergueu o lábio superior e deu uma volta mexendo o bebé para o divertir, subindo as escadas para o andar de cima, com intenção de explorar um pouco mais.-Querido, precisas compor aquele buraco ali - Disse Megan, apontando para um bocado de madeira levantada no meio da parede enquanto limpava a tinta branca do seu nariz, não tinha como ignorar aquela abertura na parede, era demasiado notável, e frustrante.
-É pra já - Disse, dirigindo-se para a cozinha, respirando ofegante.
Quando lá chegou, abriu um pequeno armário na parte de baixo da banca e riu quando o inspecionou por dentro, sentia-se aliviado ao ver que não precisa de se preocupar em colocar ratoeiras em tudo que é lado.
1 ponto positivo aquela casa já ganhou.Pegou na caixa de ferramentas de metal com beiras vermelhas e sorriu pois tinha tinha-lhe sido oferecida pelo seu pai que trabalhava nas obras, e para Ben enquanto criança, sempre foi um prazer acompanhar o seu pai para todos os trabalhos agendados... E foi com muito gosto que o seu pai lhe ofereceu aquela caixa.
Sempre que Ben tocava nela um sorriso enorme se abria na sua cara...Levantou se olhando para a porta da cozinha ao acaso, foi aí que com confusão, viu perto da maçaneta umas marcas, aproximou-se de lá e focou-se nelas, tocando com os seus dedos.
Eram riscos pela porta baixo, desde a maçaneta até ao chão, pelo aspecto pareciam ser marcas de unhas, e, as mesmas não ficavam apenas pela porta, pois assim que tocavam o chão, a madeiro do piso ainda tinha uns 10 cêntimo danificada.
Algo bom não foi, mas era demasiado cedo para começar com más impressões sobre o lugar.-Diz-me que não temos ratos em casa! - Pediu Megan, aparecendo repentinamente na porta, bem à frente de Ben, assustando o mesmo no momento, estava demasiado focado, e definitivamente não esperava o aparecimento dela.
Ben sorriu para ela com o coração aos saltos, colocando-se de frente para a sua esposa.
-Não... Não temos.
-Ah que bom! - Suspirou olhando para o chão - Então o que estavas a ver?
-Nada... Estava só a verificar se o piso era bom.
-Ok, estou à tua espera na sala - Disse ela saindo.
Ben olhou mais umas vezes para as marcas, virou-se de novo para a frente, pegou na mala de ferramentas e seguiu caminho até a sala... Havia uma possibilidade de que aquelas marcas tivessem sido fruto de um ato de desespero e medo, mas Ben não queria entrar em stress, não no primeiro dia, por isso colocou todo esse relaxamento na sua mente , e levou em consideração a opção de que os antigos moradores tinham um gato, um gato grande.
1° Noite.
2 horas da manhã.Não foi fácil para Megan adormecer, já tinha acordado 3 vezes num espaço de meia hora por causa de Andy, não é fácil ter boas noites de sono com uma criança de 2 anos no seu quarto.
Pois, já há algum tempo, acordar com um som de um choro ensurdecedor começa a tornar-se rotina.Ela tentou deitar a sua alma fora do seu corpo, tornando-se mais leve e confortável.
Já estava afundada nos cobertores macios quando ouviu algo fora do normal... Um choro, porém... Não o do seu bebé.
Levantou-se logo com o medo, ficou paralisada de medo.
Tentou reconhecer o barulho enquanto se abraçava no seu próprio pijama, e, quando já estava completamente sentada na cama, reconheceu o que seria um grito de um porco, como se algo de mau lhe estivesse a acontecer.
Era sinistra a forma como ela ouvia um porco a chorar de uma forma violenta e perturbadora em plena madrugada.
Na sua cabeça ela imaginava-o a gritar como se estivesse amarrada e pronto a morrer, isso conseguia arrepia-la.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Animais
HorrorA Família Bankley muda-se para uma cidade rural escondida de todo o ritmo urbana, tudo isso em procura de uma salvação para a sua vida económica. O Lugar era calmo, e a casa parecia ser a mais "especial" da zona, pois era mais longínqua das outras...