Chapter Two - War

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Tocar e sentir os diferentes perfumes das flores no jardim era a única coisa que fazia minha mente descansar um pouco, depois dos últimos dias que foram extremamente difíceis. Mas as preocupações ainda latejam minha cabeça sem parar, uma atrás da outra, crescendo e pulsando, tomando conta dos meus pensamentos.

De repente, um sentimento que eu tomaria como tristeza, invade meu corpo como exércitos invadem fortalezas. Sem ao menos me dar conta, sinto meu corpo sair do chão e o céu azul do meio-dia transforma-se em escuridão. Eu já não estava mais no controle. Um impetuoso e descomunal raio acerta a torre mais alta do castelo, dividindo-a em pedaços. Seus vitrais se despedaçam em infinitas partículas, e como uma revoada, seguem em disparada à floresta.

Volto a sentir a gravidade, mas já é tarde demais para tentar manter o controle: estou caindo. Meu corpo vai em direção ao chão com violência fazendo um grande estrondo e até mesmo as grandes árvores balançarem. Minha cabeça dói e meu corpo está fraco, como se não fosse alimentado há dias. Alguém está vindo, não consigo me mover. Alguém está vindo, não consigo enxergar. Alguém me toma pelos braços.

Dois dias depois

- Acho melhor não acordá-la agora, majestade. Diz Bertha ao rei.

- Mas já se passaram dias! Preciso saber se ela está bem.

- Ainda está com febre e delirando também. Ela fala coisas estranhas e sem sentido, além disso, sua pele apresenta um tom vermelho brilhante que vai e volta de tempos em tempos. O Dr. Reus disse que não é nada grave e que ela pode acordar a qualquer momento, mas por enquanto, ela precisa descansar.

- Às vezes eu não sei o que faríamos sem você, Bertha. Bom, estarei em minha sala resolvendo alguns assuntos. Mande me chamar caso aconteça qualquer coisa, entendeu?

- Sim, majestade.

Era difícil saber onde eu estava. Tudo estava tão escuro e frio, e a única coisa que eu conseguia escutar era o incessante canto de uma coruja que parecia me acompanhar numa estrada, durante todo o percurso. Não conseguia contar há quanto tempo estava andando naquele lugar desconhecido, mas na minha cabeça fazia uma eternidade que eu estava ali. Depois de andar muito mais do que eu aparentemente aguentaria, avistei uma luz que aumentava de intensidade conforme eu me aproximava. Começo a correr em sua direção, até perceber que a luz branca era uma esfera brilhante em cima de um pedestal de pedra. Permaneço estática enquanto a observo por alguns segundos, até esticar minha mão cuidadosamente em sua direção. Assim que encosto na esfera, ela dispara para cima em alta velocidade e se desfaz no céu, liberando um raio incandescente, clareando tudo ao meu redor. Junto com a luz, um homem alto de pele alva e cabelos lisos e negros revela-se à minha frente. Seus traços impecáveis chamam a minha atenção: olhos extremamente azuis e lábios rosados, perfeitamente desenhados. Permaneço o admirando por um tempo até que meus pensamentos são interrompidos por sua voz suave.

- Olá Freya. Sente-se melhor? Eu sou Amon, mas pode me chamar de Sebastian.

- Como você sabe meu nome e... Que lugar é esse? Aonde eu estou?

- Este é o Santuário de Sanqiara, o lar de todas as coisas, o início de tudo. Estou ficando velho o que me faz ter apagões de memória e é por isso que está aqui!

- Você aparenta ser um pouco mais velho que eu. Responde Freya bastante confusa.

- Esta é só minha aparência física. Minhas habilidades mentais não são mais as mesmas, minha alma veio antes de muitas coisas desse mundo.

- Como eu vim parar aqui? Que lugar é esse? A última coisa que me lembro é de estar do lado de fora do castelo e ele... Explodir?

- O seu sono na biblioteca dias atrás teve um propósito muito importante.

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2020 ⏰

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