4º CAPITULO
As aulas do dia acabaram finalmente.
Fui a correr, literalmente, até ao portão na esperança de o encontrar mas foi em vão.
Ele não estava lá.
Esperei uns minutos no portão mas ele não apareceu. Estava decidida a ir para casa quando o meu telemóvel toca.
No ecrã estava a dizer “Mensagem de *********”
Não conhecia o número mas abri a mensagem, lá dizia “ Vou ao portão da escola agora, estou ai em 5 minutos.” Louis.
Parece que vou fazer o trabalho com ele hoje.
Será que lhe pergunto onde ele esteve? Não sei se deva ele ainda se chateia comigo, mais ainda, e não quero ser eu a provocar o seu mau humor.
- Hey – disse seco.
Olho para cima e vejo-o. Rapidamente levanto-me das escadas onde estava e dirijo-me a ele que ainda se encontrava um pouco distante de mim.
- Olá…hmm… onde é que vamos?
Porque é que eu não consigo falar com ele sem gaguejar? Talvez por teres medo, o meu subconsciente gritou-me.
- Vamos para minha casa se não te importares.
- Claro – aceitei não querendo discutir com ele. – Hmm… onde estiveste hoje?
- Não tens nada a ver com isso. – Respondeu brutamente
E o mau humor está de volta, o que é que há de se fazer? Ninguém o atura.
- Não tens que falar assim comigo eu não te fiz mal nenhum percebeste?! – Levantei um pouco o tom de voz
Louis baixou a cabeça acho que fui um pouco bruta. Não quero pedir-lhe desculpa mas não deixo de me sentir culpada.
- Desculpa. – Disse baixo.
- Porque é que me estas a pedir desculpa eu é que não tinha que falar contigo naquele tom. Tu não tens culpa do que me aconteceu.
- Queres falar sobre isso? – Eu sei que me vou arrepender de lhe ter perguntado.
- Não te quero chatear com isso. Mas acho que fazia bem falar sobre isso.
- Não me chateias.
- Bem a minha irmã Lottie teve um acidente de carro e agora esta em coma - fez uma pausa e fechou a sua mão num punho contendo as lágrimas – Ontem quando me viste na sala tinha recebido uma chamada do hospital a dizer que iam desligar as maquinas se ela não acordasse nos próximos 3 dias. – já lhe escorriam umas lágrimas pela sua face. – Quando saí da sala fui ver a minha irmã.