nine

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chanyeol bateu na porta de baekhyun com uma coragem e força que não sabia de onde havia surgido. ainda não sabia se o recebia com um beijo, um abraço, um “eu não esperava por isso”; ele ainda não sabia. agiria com o coração.

assim que byun abriu a porta com um olhar esperançoso no rosto, um sorriso enorme surgiu naquele rostinho. ele estava com roupas básicas, de ficar em casa. mas mesmo assim estava lindo, da mais simples forma. 

— por favor, entre, chany. está frio aí fora. – o mais alto o fez, ainda sem dizer nada, com o semblante sério. – você quer beber algo? eu fiz bolo ontem a noi– parou e reparou a expressão séria do outro – o que aconteceu, chany?

chanyeol nada disse. voou para os braços de baekhyun e ali desabou, similar a uma criança. byun entendeu o porquê do outro ter ali não se aguentado, pois lembrou-se das palavras do próprio livro. ficaram ali longos minutos, tendo até lágrimas de ambas as partes escorrendo por ambos pescoços.

— eu te amo, baekhyun. – o menor gelou, sabia que correspondia, mas, até aquele momento, ainda não havia ouvido a frase do amado, após se dar conta dos próprios sentimentos. – você é meu bem mais precioso. você é minha luz, minha escuridão; meu sorriso, minhas lágrimas; minha felicidade, minha tristeza; tudo. você é tudo pra mim, é tudo que eu tenho e sempre tive ao meu lado, desde nossos quatorze anos. – fungou. respirou fundo e olhou nos olhos do mais baixo – eu te amo mais que amo a mim mesmo, baekhyun. você que me ensinou a amar quem eu sou, meu passado, minhas escolhas e decisões. você me ensinou a amar você, e dessa matéria eu gabarito de olhos vendados.

baekhyun não aguentou. as leves e finas lágrimas que desciam por seu rosto, agora se tornaram uma forte cachoeira que escorriam por seus olhos.

— eu só quero que você seja meu, pro resto da minha vida. – byun fungou e disse, secou suas lágrimas e abraçou o outro com o máximo de carinho que queria transmitir.

— eu sempre fui seu, baek. basta agora você me aceitar como seu, e aceitar ser meu.

— eu aceito chany. eu aceito ser seu de todas as maneiras possíveis. eu não aguento mais esperar por você. – olhou nos olhos do mais alto, engolindo seu choro – chany, eu te amo desde a adolescência, mas eu era e sou medíocre demais para entender. eu ainda não entendo como um sentimento tão intenso surgiu de tal maneira. eu fui entender o que eu sentia depois de doze anos, chanyeol. doze malditos anos que poderíamos ter passado juntos, agora poderíamos estar nos casando e sendo felizes, mas eu sempre fui imaturo demais para notar o quão cego por amor eu estava. – chanyeol vez ou outra tirava sua atenção dos olhos de byun, levando sua atenção até sua boca, que se mechia conforme as palavras que o outro adicionava no momento, tornando seu monólogo um estimulante para o coração de chanyeol, fazendo com que ele pulasse de alegria e muita felicidade dentro de sua caixa torácica.

— baek, eu não preciso ouvir mais nada. – aproximou seu rosto do outro, deixando um pequeno selar no nariz meio gelado do menor. – seja meu hoje e para sempre, baek. por tudo nesses doze anos.

puxou o garoto – que estremeceu – para um beijo. foi um beijo calmo, estavam conhecendo ainda suas bocas, mas cada segundo daquele beijo lento e calmo, mostrando a qualquer um que visse a paixão e o puro amor investido naquele simples ato de um casal perdidamente apaixonado.

os dois se amavam, e, por mais que digam o contrário, não existia nada mais que importava na vida de park chanyeol e byun baekhyun.

for my beloved, baekhyun | chanbaekOnde histórias criam vida. Descubra agora