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Lauane

Pego a Rael no colo e pago o táxi.

Acabei de sair das casas do meu pai, desde a minha gravidez eles não aceitaram, por eu ser muito nova.

Achei que quando meu filho nascesse eles se apegariam mais a criança.

No começo não vou mentir, eles cuidava do Rafael melhor do que eu, mais quando ele fez cinco anos tudo mudou sabe?

Meu pai adoeceu e eu não podia ficar 24 horas dando água, remedio e comida pra ele, até porque tinha outras preocupações, meu filho.

Ele culpava o Rael por isso, meu limite foi quando ele tentou bater no meu filho.

Pode me xingar, me bater, faz a porra toda! Mais não encosta no meu filho.

Defendi o Rael com unhas e dentes e sai de casa só com minha carteira, meu celular e as roupas do corpo.

Já era tarde, batia vento frio e o Rael se tremia nos meus braços.

Não tenho pra onde ir, vim pro morro porque não tenho mais condições, no máximo um barraco.

Olhei no celular e vi que a bateria estava fraca, o relógio marcava duas e quarenta da manhã.

Me sento no chão, Rael já estava dormindo.

Passei a mão no rostinho dele, ele sorrio de lado, ainda roncando.

Sorri ao ver meu filho bem.

- Aqui não é lugar pra mendingo morar não mermã.- me chama.

Ane: Não sou mendiga.- sorri sem graça e me levantei.- aqui não tem um hotel? Qualquer coisa pra mim passar a noite?

- Lá atrás tem uns papelão e mato, chamam de motel mais tu consegue dormir lá.- faço cara de nojo.- tu tá na favela, não em Bervely Hills.

As pessoas daqui tem costume de serem grossas ou é só esse moço?

- Se tu quiser falar com o patrão ele ainda tá na boca, pode descolar uma goma pra ti.- fala arrumando a enorme arma que carregava nas costas.

Era o jeito, vai que ele é gente boa.

- Satisfação, Leão.- fala subindo na moto.- encosta aí com o pivete.

Ane: Meu nome é Lauane, mais pode chamar de Ane se quiser.- falo simpática me arrumando na garupa junto com o Rael.

Leão: Lauane minhas pernas é fininha pô, se tu balançar mais nois tudo vai pro chão.- fala e eu sorrio parando de me mecher.

Ele vai em alta velocidade pra boca.

Era uma casinha bem simples e suja.

Entro com o Rael e o Leão passa na frente.

Ele entra em uma sala e logo depois sai, falando pra mim entrar.

Entro com o Rael no colo, tinha um homem, um pouco mais velho que eu.

- Fecha a porta!- sua voz me faz suar frio.

Ane: Prazer moço, meu nome é Lauane e eu queria...- ele me interrompe.

- Eu sei o que você quer...- se levanta e tira o Rael do meu colo, colocando o mesmo em uma cadeira.

Gelo nessa hora, o que ele tá fazendo?

Ele tira meu cabelo e o coloca pra trás, em seguida começa a beijar meu pescoço.

Ane: O que você tá fazendo?- empurro ele.

O mesmo volta e segura firme meu pulso, me fazendo gemer de dor.

- Você não quer dinheiro porra?!- grita na minha cara e o Rael começa a chorar.

Ele me empurra na parede e rasga minha camisa, me deixando com os seios a mostra.

Ane: Não, por favor!- grito olhando pro Rael, que me olhava ainda chorando.

Ele dá um tapa na minha cara e me vira contra a parede, sarrando seu membro nojento na minha bunda.

Ele puxa meu short pra baixo, que sai junto com a calcinha, me dá um tapa forte e eu grito por socorro.

Ele tampa minha boca e penetra com força em mim.

Eu estou sendo estuprada na frente do meu filho...

Começo a chorar, não tinha mais força pra gritar, nem mesmo pra tirar esse monstro de cima de mim.

Me sentia suja, por dentro e por fora.

Tinha vontade de morrer.

Sinto seu orgasmo escroto se explodir por dentro de mim, fecho meus olhos, quero sumir!

Ele me puxa pela cabelo e me joga em uma sala, junto com minha roupas.

Me visto rapidamente e olho em volta.

Ane: Rael?- grito batendo na porta.

Ouço um barulho muito forte e começo a pensar no chorar.

Ane: Rafael?!- grito chorando.

A porta se abre e o imundo aparece com meu filho em seu colo, estava sangrando.

Corro e pego o Rael do seu colo, ele sorria maníaco.

Coloco o Rael no chão e passo a mão no seu rosto.

Ane: Mamãe tá aqui, vai ficar tudo bem.- ele dá seu último suspiro e seu coraçãozinho para de bater.

Vou até o cara e pego a arma na sua mão, do um grito alto, de dor e raiva.

Disparo diversas vezes contra ele, paro quando vapores vem socorrer o mesmo.

A PatroaOnde histórias criam vida. Descubra agora