Capítulo 2 - Reencontro no natal

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A loja hoje está lotadíssima. Com apenas três dias para o natal, as lojas de conveniência ficam quase impossíveis de tão cheias! Parecem um bando de formiguinhas e eu estou no meio de todas como a formiga rainha que sou, perguntando quem quer dinheiro!

Brincadeira, gente, eu tô mais para ser esmagada e pisoteada mesmo. Com esse meu tamanho de hobbit tenho uma incrível visão de apenas um palmo do chão a minha frente! Preciso sair daqui com as coisas que minha mãe pediu para que eu comprasse, mas advinha? A lindinha aqui perdeu a lista no estacionamento!

Vou comprar apenas o que lembro, ou seja, a lista tinha um total de cinco itens, lembro apenas de dois: bolas para a magnifica árvore de natal da casa dos meus pais e, detalhe, a cor precisa ser rosa pink. E bengalinhas de natal. De cinco itens, só lembro disso. Laurate vai me assar viva quando eu chegar em casa.

Abro caminho dentro desse formigueiro -loja- empurrando as outras formigas -pessoas- para chegar até onde ficam os atendentes e, pasmem, que atendente gato é esse? Uau, ein! Ele não está com as roupas padrão dos outros funcionários, mas sei que é um atendente porque está usando o bottom da loja na camisa assim como todos os outros atendentes e está de chápeu do papai noel e tudo! Deve ser algum atendente novo.

Abro caminho até ele. "Oi, você poderia me ajudar a achar bolinhas na cor rosa pink para uma árvore de natal?" Ele para de anotar algo numa prancheta e volta os olhos para mim. Que olhos, meus queridos, que olhos! Os olhos dele tem a cor do natal, parece um avelã cremoso e me deixam com vontade de que eles derretessem em mim.

Pisco três, quatro, cinco vezes para afastar esses pensamentos. "Olá" ele responde "vou chamar um..." mas não deixo que ele termine a frase pois preciso sair logo desse formigueiro com essas lindas bolinhas cor de rosa ou então a toda poderosa Laurate não vai apenas me assar como fazer um show a respeito de como eu sou irresponsável etc. etc. etc. Então falo: "Por favor! É uma questão de sair daqui viva e chegar em casa bem ou ir direto para o forno!" Ele abre um sorriso tão lindo para mim, que -aimeuDeus-, estou encantada por esse atendente, gente!

Eu posso paquerar ele, não posso? Afinal, eu não tô morta!. "Ah, -ele diz, sorrindo com malícia- mãe exigente a respeito do natal?" Estou boquiaberta, como ele advinhou? "Sim -respondo- como você...?" "Minha ãe era bastante exigente também" engulo em seco, -era- decido por não perguntar a respeito disso pois não é da minha conta, então falo "quer dizer que você me entende! Vai me ajudar, afinal?" ele abre outro sorriso -lindodemorrer- e olha para a porta atrás de si "bem, se é uma questão de vida ou se tornar um frango assado, vem comigo."

E estende uma mão grande para mim na qual eu aceito, claro! Quando coloco a minha sobre a dele ela parece que a engole por inteiro.

Contos Para Aquecer o CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora