Voltando para casa

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"Bate-me certa nostalgia e vergonha por estar aqui mais uma vez... nostalgia, pois a mais de dois anos não escrevia nada e de alguma forma isso me incomodava, vergonha... pois nesse período sei que deixei amigos e leitores de lado julgando ser algo certo. Hoje estou lutando arduamente contra a depressão e assim como fazia quando era criança, estou voltando a algo que eu amo como refugio... Espero que me perdoem pelo afastamento.

Eu havia escrito essa fanfic a mais de quatro anos, estou agora reescrevendo-a como um pedido de desculpas e talvez como a minha volta. Ela vai possuir uma reformulação e novos diálogos então algo está diferente assim como eu estou também... Antes eu era uma sonhadora agora... Estou tentando apenas não surtar"

~~***~~

Seus olhos esverdeados estavam em alerta como sempre, três disparos certeiros fizeram com que o homem que estava a poucos metros caísse desacordado para nunca mais levantar. Ao notar que estava a salvo sua protegida tentou levantar-se, mas a loira pressionou sua cabeça levemente e ordenou que a mesma permanecesse abaixada; ela olhou por alguns instantes na direção do corpo sem vida e depois virou rapidamente para trás ao escutar o som de passos se aproximando de forma lenta. Sua Beretta 92 apontou na direção do pobre motorista que estava no topo da pequena escada que dava acesso ao estacionamento, o mesmo apenas levantou as mãos com o rosto totalmente sem cor sem saber o que estava se passando.

Ela analisou milimetricamente novamente o local silencioso, mantendo a garota de no máximo vinte anos sobre os seus olhos extremamente atentos, tudo estava bem, aparentemente não existia mais sinal de perigo. Esse era o trabalho da ex-cheerio, Quinn Fabray, que vinha da esquecida Lima em Ohio. Um trabalho onde ela deveria estar sempre um passo a frente de qualquer outra pessoa e que errar não era uma das suas alternativas. Sua inteligência, perspicácia e até mesmo a frieza fizera com que a jovem loira chegasse a trabalhar no serviço secreto por um curto período, porém alguns motivos particulares fizeram-na olhar para um ramo menos arriscado, mas não menos comprometedor - a de ser um guarda-costas particular - e não um guarda-costas qualquer, uma de alto valor e extremamente requisitada.

***

Após aquele pequeno momento fora de rotina e agora completamente guardada pelas paredes de concreto, a herdeira de um casal milionário pegou um copo ainda com as mãos levemente trêmulas e preencheu o seu interior com o melhor whisky que possuía no recinto oferecendo-o a mais velha em seguida que educadamente recusou. A garota apenas sorriu e confirmou com a cabeça, como se tivesse acabado de lembrar-se de algo; não era do feitio da Fabray ingerir bebidas alcoólicas ou pelo menos não o fazia quando se encontrava em serviço.

— Como você sabia? – perguntou a garota de olhos azuis levemente curiosa, andando até a lareira e depois voltando o olhar para a mulher que era apenas alguns anos mais velha que ela, porém não era a primeira vez que demonstrava uma capacidade de dedução rápida e precisa.

A mesma se referia ao episódio de poucos momentos atrás no estacionamento, onde a Fabray baleara o suposto servente sem nenhuma culpa ou dúvida de quem era o seu alvo.

— Eu o vi lavando o carro mais cedo. – respondeu a mulher de forma direta e levemente entediada.

— Eu também. – confirmou a sua protegida não vendo a diferença que fez a loira agir no momento certo.

— Eles não lavam carros dentro do estacionamento. – completou Quinn com um sorriso quase imperceptível.

A jovem correspondeu com um pequeno sorriso e ergueu as sobrancelhas um tanto surpresa, esse pequeno e delicado detalhe havia lhe escapado, algo que teria feito perder sua vida se estivesse sozinha; mas graças às ótimas recomendações que seus pais haviam recebido a Fabray estava ao seu lado e fazendo um perfeito trabalho, sem espaço para erros de qualquer proporção.

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