Hate or... Horny?

Or...

Assim que voltara da sua longa viagem até o armário de limpeza, Jisung voltou às suas atividades com um grande sorriso. Havia ficado tão distraído que havia esquecido de trazer os materiais de limpeza, o que na verdade havia sido bom pois seu chefe já estava na cozinha e se ele visse Jisung com os materiais de limpeza na mão, ligaria os pontos e saberia que Jisung estava escutando a conversa alheia. Coisa que o Park não queria, acabaria com os seus planos de brincar um pouquinho com o seu amado chefe.

— O que estás fazendo aqui? — Chenle disse assim que avistou o mais alto. O chinês chamou alguém para reparar a calda que estava fazendo para que ele pudesse se aproximar do coreano.

— E-Eu.. — Jisung arregalou os olhos, não sabia que desculpa dar para o seu sumiço.

— Achei que estavas passando mal. Já estás se sentindo melhor? — Indagou e, pela primeira vez, Jisung avistou algo além da carranca no rosto alheio. Parecia até.. preocupação. O Park tratou logo de expulsar esses pensamentos da cabeça e focar na verdadeira situação. Saber que seu chefe tinha tesão em si estava mexendo com a sua cabeça, com certeza.

— S-Sim. Quer dizer, não. — Chenle virou a cabeça levemente para o lado, confuso. Adorável. — Mais ou menos. Eu ainda estou me sentindo um pouquinho mal, mas eu consigo continuar. — Coçou a nuca, desviando o olhar.

— Queres adiar a nossa aula?

— Hum.. não, acho que não precisa. — Sorriu para o menor.

— Bom, se te sentires mal me diga, assim irei te liberar. — Sorriu minimamente, dando um tapinha leve no ombro do maior e voltou para a sua tarefa.

Jisung respirou fundo, ainda confuso com a atitude do chinês. O Park foi até Kun, que lhe chamava com o olhar.

— Por que demorou tanto? Eu tive que mentir pro chefe dizendo que você estava mal. — Kun lhe explicou em um sussurro e Jisung abriu a boca em compreensão. — E já limparam a sua bagunça, não sei se notou. — Ele pegou uma colher e pegou um pouco da sopa, dando para o mais novo provar. Jisung franziu o cenho, se concentrando no sabor. Sorriu grande e colocou o dedão para cima, aprovando o sabor.

— Obrigado, Kun-hyung. Estou te devendo uma.

◺♨◿

Chenle se despediu do último funcionário a deixar o estabelecimento depois de um longo dia de trabalho, mas o dia ainda não havia acabado para si. Agora estava na hora de sua aula particular com Jisung e Chenle não queria admitir para si mesmo, mas estava muito nervoso. O chinês sabia que não tinha razão para aquilo, só iriam cozinhar e pronto, por isso estava ficando irritado com as suas mãos que estavam suando em demasia e seu coração que parecia bater mais rápido que o normal. Era a sua primeira vez a sós com o maior, não que isso significasse alguma coisa, era óbvio que não.

— Podemos começar, chefe? — Jisung falou de repente, sussurando no seu ouvido, fazendo com que desse um pulo no lugar por causa do susto.

— C-Chenle.. — Murmurou com o coração batendo mais rápido ainda. O chinês teve que respirar fundo para se recompor. Postura! — Podes me chamar de Chenle, se quiser. — Se afastou e voltou a andar até a cozinha, esperando que o coreano lhe seguisse. — Vamos começar. Eu vou lhe observar de longe e sempre que você cometer um erro ou eu achar que posso te ensinar algo novo, eu te interrompo. — Se virou de repente, acabando por dar de cara com o Park.