.i'm not sure what they said, but if it's true i'll bet.

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wow, faz trezentos milhões de anos q eu nao posto aqui KKKK
mas ultimamente eu venho escrevendo umas fics e postando elas no spirit, nada mais justo q postar aqui tbm ♡
obrigado desde já pra quem for ler, a fic foi inspirada na musica joyriding do frank iero, meu bb emo e ta nas midias pra quem quiser ouvir

me desculpem desde ja se houver algum erro e eu nao sei se vcs sao familiarizados com esse tipo de narração, entao eu espero q nao tenha ficado mto confuso

amo vcs ♡

***

yes, cool, I'll be okay

"Preciso te ver ><' "

A mensagem te assombrava durante o banho. Não era a primeira, tampouco seria a última, e talvez você não devesse se importar tanto com elas. Já as recebia há dois anos, sem falta. Não deveria ser uma surpresa tão grande quando seu celular se agitava e piscava, o apelido dele brilhando em letras grandes, enfeitado pela carinha que te fazia sorrir. Xuxi :3.

Às vezes ele te mandava mais de uma linha. Às vezes te mandava um coração, um sorriso, ou um "143"*. Às vezes, ele nem te mandava nada, só aparecia na sua porta. Os cabelos bagunçados e os olhos castinhos te olhando com superioridade. Antes, há uns 14 meses, mais ou menos, você se sentia frustrado com a maneira que ele te encarava, com os lábios dele sempre sorrindo daquele jeito que você odiava mais que tudo. Hoje em dia você pouco repara, pouco se importa, porquê, por mais que você reclame e o diga para que te olhe de outro jeito, ele sempre vai virar os olhos e se levantar da cama, dizendo que precisa ir pra casa e que você não deve liga-lo no fim de semana, porquê ele e a namorada estariam juntos, então colocava a camiseta amarela que você o deu e ia embora sem lhe dizer ao menos um "até logo" ou um "tchau". De quê adiantava se importar com olhares?

Passou a mão por seus próprios cabelos, empurrando o shampoo para baixo em seu corpo. Não gostava de banhos quentes, nem mesmo no frio. Hendery te dizia que você era esquisito por isso, ou que você iria ganhar uma pneumonia com o frio de Hong Kong, mas você apenas ria e dizia que ele se importava demais, então ele te olhava daquele jeito que você também não gosta. Cheio de significado e preocupação, uma pontinha de amor ali atrás das íris castanhas, então vocês ficavam em um silêncio desconfortável por alguns minutos; seus olhos no chão e os dele em você, então você dizia que iria tomar mais cuidado, mas Hendery sabia que era mentira. Ele te olhava por mais uns segundos e depois dizia: "Você não vai", e apenas isso te fazia querer se sentar no meio fio da calçada em frente à seu prédio enquanto chorava como se fosse uma criança perdida dos pais.

Abriu os olhos por um momento, quando sabia que era seguro e que o shampoo não cairia em seus olhos, e encarou o vidro verde do box. Levantou a mão direita e espalmou a superfície gélida e molhada, os pingos de água gelada do chuveiro escorrendo por seu braço e pelo vidro. Se fosse em outra época, outras circunstâncias, ele estaria do outro lado do vidro, olhando para o seu corpo com desejo e aquele sorriso sujo. Você o encararia de volta e afastaria a porta para ele, como um convite mudo. Ele tiraria a roupa e te empurraria nos azulejos frios e te faria dele daquele jeito que o satisfazia mais do que satisfazia a você, mas você não se importaria porquê ele é tão mais importante do que você.

Você suspira triste, sentindo seus olhos encherem. Sabia que não choraria, tinha feito isso noite passada. Encostou a testa molhada no vidro, seus cabelos pingando e a água gelada do chuveiro caindo em suas costas. Seus lábios tremiam e você sabia que estava tempo demais embaixo da água gelada.

Hendery daqui a pouco bateria na porta e perguntaria lá de fora se estava tudo bem, e você ouviria a dor na voz dele, a tristeza, e isso te faria sentir pior. Então, querendo evitar mais sofrimento às pessoas ao seu redor, você leva a mão livre ao registro e o desliga, tremendo de leve quando uma brisa fria entra pela janela aberta do banheiro e abraça seu corpo.

.joyriding. [yukten]Onde histórias criam vida. Descubra agora