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Independência... Uma palavra com um simples significado mas tão expressiva ao mesmo tempo, está palavra diga-se de passagem, era a mais discutida em toda a América do sul, já que, revoluções estavam sendo feitas, algumas falhas, outras vitoriosas, como exemplo temos a recente Confederação Argentina

Depois de longos anos lutando contra sua mãe, aproveitando que a mesma estava enfraquecida por causa de guerras napoleônicas, proclamou a independência, mas ainda teve que lutar por ela

Fora tantos anos de luta que, quando pediu sua independência, seu vizinho, Império do Brasil, ainda era uma colônia, e quando o mesmo ganhou a independência, o outro já era um império, estranho, não?

Com o 2° maior território da América do sul, seu principal objetivo era comandar os mares, e se proteger de futuras guerras, não queria território, nunca quis, mas, se fosse para derramar sangue para não ser morto, assim faria

Voltando, Confederação Argentina estava a arrumar alguns papéis de sua reunião com os europeus, e seu vizinho, estavam discutindo sobre o tal assunto polêmico, independência, quando estava já saindo, seu braço fora puxado para trás, fazendo com que seus papéis, que antes arrumara caíssem no chão

Era apenas o Império do Brasil, como sempre, tinha um grande sorrindo maldoso em seus lábios, mesmo aparentando ser gentil, o império era tão frio quanto o inferno russo, o brasileiro mostrou em suas mãos um coleira, e a pôs no argentino, o segurando pelo cabo

– Como todo império, eu preciso de meu animalzinho~ - Disse maliciosamente, puxando-o para perto de si

– Eu não sou um paga pau de império nenhum, sou independente - Tentou retirar a coleira de si

– Eu sei, muito bem disso. Mas, alguém tem que te fazer andar na linha, e não é isso que anda acontecendo ultimamente - Beijou a Confederação, que tentava tirá-lo de cima de si, o que acabou por conseguir afasta-ló

– A culpa não é minha se aquela sua província é tão atraente - Disse, referindo-se a Cisplatina, não era uma das melhores províncias do império, mas com toda certeza, não o abandonaria por nada

– Está vendo? Você anda muito fora da linha, e eu tenho que fazer você seguir o caminho certo

– Como se eu fosse deixar - Finalmente havia conseguido retirar a coleira de si, e jogou na cara de seu vizinho, assim, recolheu os papéis que antes estavam no chão, mas antes que pegasse o último, o império pisou em cima – Você vai deixar a marca desse seu sapato falsificado!

– Nós ainda não terminamos de conversar - Alegou, não dava para perceber, mas por dentro, estava completamente furioso pela confederação está negando o corpo a si

– Ao meu ver, essa conversa não levará a rumo algum, então, trate de retirar a porcaria de seu pé

– O que eu ganho em troca? - Aquela pergunta já fora ouvida várias vezes pelo argentino, sempre que pediam algo ao brasileiro, o mesmo sempre perguntava essa maldita frase

– Ganha futuras alianças comerciais entre nós - Sugeriu, fazendo o Império do Brasil sorrir, retirando o pé de cima do papel

– A propósito, caso queira, tenho a noite de hoje livre - Sorriu, acariciando a bochecha da Confederação Argentina

– Vai bater punheta longe de mim - Afastou a mão do império de seu rosto, provocando uma feição de raiva no mesmo – Eu não sou que nem outros que ficam pagando pau para você - Saiu da sala, deixando o outro sozinho

– Pelo menos, ainda não - Sorriu, logo se retirando da sala

For You - BrArgOnde histórias criam vida. Descubra agora