Somos um povo sofrido
Nascido do derrame de sangue do sequestro de corpos
Do escravo fujão que morre na mata sem dignidade
Do índio catequisado sem compreender o porquê de seus deuses serem pagãos
De escravas e índias com seus corpos roubados, sangrando ao parir crianças que não eram suas
Da mãe abandonada que sorrir para seus filhotes com as mãos em pedaços e rosto desfigurado pelo o sol
Um povo guerreiro que encolhido a sangue e carne
Sempre se ergue ainda que com suas amputadas pernas.