Eu te perdoo, você não sabe o que fez
Ohh eu, eu te perdoo, agora é hora de eu seguir em frente
Ohh eu, eu te perdoo, você não distinguiu o certo do errado
Ohh eu, e eu te amo
Você vai viver sempre no meu coração
Você vai viver nele
Você vai viver n...
*NÃO SEJA UM LEITOR FANTASMA E DEIXE ESSA AUTORA FELIZ DEIXANDO SUA ESTRELINHA*
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"Você pode pegar esse coração, curá-lo ou quebrá-lo ao meio. Não, isso não é justo. Me ame ou me deixe 'ir'. Me ame, querido, por favor. Porque eu ainda posso ser tudo o que precisa." LOVE ME OR LEAVE ME.
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Catarina tinha seus pensamentos distantes enquanto passava sua mão por sua barriga. Os primeiros raios do sol ainda não tinham surgido no horizonte, entretanto ela não tinha conseguido pregar os olhos durante aquela noite fazendo aquele fato ser irrelevante para ela.
Estava tomando uma decisão extremamente difícil e seu corpo se recusava a descansar.
"Majestade, todas as coisas já estão arrumadas." Lucíola falou baixo, não querendo assustar sua rainha que parecia naquele momento desligada do mundo real.
Catarina lhe encarou nos olhos, mas ainda parecia ausente.
"Majestade me desculpe perguntar, mas tem certeza que é isso o que a senhora deseja?"
"Não, eu não desejo isso. Mas é o que eu preciso." Catarina disse com a voz melancólica. "Não tem mais nada para mim aqui Lucíola."
"Mas vossa majestade e o rei Afonso parecem enfim estarem se dando bem, não era isso que a senhora desejava?" A serva perguntou confusa, mas se pôs a procurar uma roupa confortável e separar um grosso agasalho. Era inverno em Artena.
"No começo sim, mas o dever dele é com os nossos filhos e somente com o nossos filhos. Eu ainda me lembro de tudo que passei antes e durante essa gravidez Lucíola, e isso dói. Por mais que eu o tenha perdoado, essa ferida precisa ser fechada e só conseguirei isso distante dele."
A ama de companhia nada disse, ela tinha acompanhado de perto toda a humilhação e sofrimento de sua rainha. Era nítido para ela que a rainha ainda amava Afonso, mas desde que ela ficou grávida algo mudou dentro dela.
Fazendo Afonso não ser mais sua prioridade, e sim seus dois bebês e seu pai que estava de volta. Mesmo que isso doesse, ela estava deixando que Afonso tivesse a vida que sempre desejou. Como se isso não bastasse, estava mantendo as aparências do casamento apenas para que Afonso conseguisse abrir a mina e aos poucos reerguer Montemor e com isso Artena.
"E meu pai?" Catarina perguntou quando Lucíola terminou as amarras do seu vestido. "Por favor, faça uma trança. A viagem será longa e assim não precisarei me preocupar com o meu cabelo.
Batidas na porta interrompeu ambas, fazendo Catarina ficar tensa.
"Afonso já está de pé?" Perguntou, pretendia sair antes que ele levantasse.
"Não sei Majestade, mas ainda é cedo." Murmurou e foi até a porta, dando espaço quando viu quem era. "Bom dia Majestade."
"Bom dia, Lucíola." Augusto falou calmamente e entrou no quarto, recebendo um sorriso triste de sua filha. Era cristalino para ele o quanto ela estava sofrendo com aquilo, mas como o prometido ele estava apoiando a decisão que Catarina achasse ser o melhor para ela.
