Walk at the beach

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                                                                                            Cloe Turner

Entramos no carro e ligamos em uma música aleatória do Justin Bieber eu como sou Belieber comecei a cantar que nem uma retardada enquanto Peep e o Brennan me olhavam.
-Não vai me dizer que você realmente é fã desse cara?
disse Brennan.
-Sim eu sou fã, tipo muito fã, desde que ele começou a carreira acompanho ele. Não me julgue.
eu respondi para ele e continuei cantando e pulando. no caminho nós passamos pelo início da praia mas resolvemos que vamos ficar lá no final, porque não tem muita gente. mesmo estando tarde eu sempre vejo que tem muitos grupos de adolescentes que vão a praia de madrugada para ficar fazendo vários nada, e como eu sou muito antissocial eu não queria aparecer com dois cantores famosos no meio de uma praia com adolescentes retardados.
-você acha que já está bom parar aqui?
perguntou Peep e eu balancei a cabeça que sim.
nós saímos do carro e pegamos alguns cigarros que estavam jogados no porta-malas. tiramos nossos sapatos e deixamos os celulares lá também, pra gente só caminhar por aí e conversar sobre assuntos aleatórios da vida.
-acho que a noite hoje vai ser bem legal, eu nunca passei a noite sem drogas desde que fiz 18 anos.
disse Brennan.
assim que disse isso saímos andando pela praia e sentamos em um lugar onde tinham alguns coqueiros. acendemos um cigarro pra cada e começamos a falar sobre tudo, os problemas, as drogas, como é ser famoso sendo jovem como eles e outros assuntos aleatórios.
creio que ficamos um bom tempo alí, percebemos que o sol estava pra nascer e eu resolvi correr para entrar no mar. ouvi Peep gritar algo lá atrás mas nem dei ouvidos, continuei indo pra água e molhei os pés, estava muito fria. mesmo assim tomei coragem para entrar até mais ou menos a barriga.
fechei os olhos e senti o vento bater nos meus cabelos, a água do mar em contato com meu corpo, aquilo me fazia sentir livre. esqueci por alguns segundos que assim que chegasse em casa ouviria minha mãe reclamando como louca e gritando dizendo que sou irresponsável e tudo mais. isso é uma total estupidez, eu já sou maior de idade caralho. meu dia foi estragado por algo que ainda nem aconteceu.
resolvi sair da agua e pedir pra ir embora.
-Peep, o que acha de irmos? Estou cansada.
disse coçando os olhos e pegando uma toalha que não sei de onde veio, provavelmente sempre esteve conosco e não percebi.
Peep disse que sim, poderíamos ir.
Seguimos o caminho rindo e conversando sobre batata, como ela pode ser boa em várias comidas e que dá pra fazer vários pratos com ela. batata é maravilhosa.
assim que entramos no carro ouvi meu celular tocar, vejo o nome do meu padrasto, Trevor. pensei em não atender, mas Brennan disse que poderia ser algo sério. então atendi.
- Venha pra casa.
foi o que ele disse.
-Agora? E por que você está me ligando? achei que minha mãe teria meu número salvo no celular dela.
respondi.
-Apenas venha pra casa. não faça perguntas estúpidas.
e desligou. me senti estranha logo de primeira. por que ele me ligou? e por que com aquele tom de voz?
Peep dirigia e fumava um cigarro, uma música baixa estava tocando, era bring me the horizon. cantei algumas partes e logo estava em casa, tinham algumas pessoas ali no gramado e uma ambulância. não entendi nada. dei um rápido abraço nos meninos e entrei. deixo meus sapatos na porta e vou na cozinha, vendo uma cena triste. minha mãe caída no chão com uma poça de sangue em volta e meu padrasto sentado em uma das cadeiras da mesa de jantar, um paramédico a puxava com ajuda de outros dois para colocá-la na maca.
minha mãe estava, morrendo?

Gothboiclique - Lil PeepOnde histórias criam vida. Descubra agora