Capítulo 5 - A Inteligente e sexy riquinha

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Algumas pessoas falam que para se estar vivo, basta estar respirando. Eu não concordo muito com esse ditado.

Para se estar definitivamente vivo, precisamos saber o que está acontecendo ao nosso redor ao invés de somente respirar e observar as coisas. Precisamos viver nossa vida, ter prazer, realizar sonhos. Precisamos celebrar com os amigos próximos, precisamos abraçar, tocar e sentir.

Para mim, para se estar vivo, precisamos primeiro estar conscientes. Viver o presente, e não imaginá-lo.

Sendo bem sincera? Não me envergonho em confessar que talvez eu não tenha vivido o bastante na situação presente, Lauren.

Não, eu de fato não vivi o presente. Mas tínhamos o futuro para aproveitar. Um futuro em que estou respirando e consciente, aproveitando a vida ao seu lado.

...

Eu respirei fundo.

Quando abri os olhos e me virei para o lado, a procura da mulher que havia se deitado comigo na noite anterior, não a encontrei na cama. Estava nua e eu ainda sentia o cheiro do perfume dela cercando o quarto. Eu não fazia ideia de que iria me sentir frustrada ao acordar e não vê-la ali.

Chateada, calcei meu chinelo, onde fui até o banheiro tomar banho e escovar os dentes. Acabei lavando o cabelo.

Em seguida, saio com a toalha enrolada no corpo e outra na cabeça para checar o restante do apartamento. Ela realmente tinha ido sem se despedir de mim. Foi a primeira mulher que me envolvi sexualmente, Lauren sabia disso, mesmo assim, saiu sem dizer adeus algum, sem deixar pistas de que esteve ali, comigo. Parecia que era fruto da minha imaginação, que ela nunca esteve ali.

Sorte a minha haver algumas marcas pelo corpo. O meu pescoço? Completamente marcado por aquele par de lábio que me mordeu e chupou a noite inteira. Minhas costas estavam arranhadas, dado que embora eu não tenha pegado o jeito de conceder prazer a uma mulher ainda, sempre que ficava muito excitada, ela costumava apertar e consequentemente me arranhar o corpo. Adorei isso.

Foi uma noite para lá de diferente. Algo tremendamente prazeroso e recíproco, algo diferente de tudo que eu havia praticado com Gabriel antes.

Antes que pudesse voltar ao quarto para me arrumar, pois minha corrida matinal começaria em alguns minutos, ouço o barulho da campainha ecoar.

– Um minuto! — disse, correndo para o meu quarto, toda atrapalhada, colocando a roupa da corrida o mais depressa que um ser humano poderia. Quase enrosquei meu pé na legging. Quase, por sorte. — Olá, Seu Jorge. — cumprimento o porteiro completamente esbaforida, onde deixei as duas toalhas molhadas em cima da cama mesmo e meu cabelo estava úmido quando atendi-o na porta.

— Bom dia, Dona Camila. — logo após o sorriso educado, me estendeu um buquê de flores. Lindas margaridas, das mais diversas cores, em um buquê grandão e bonito. — Entrega para a senhora.

— Para mim? Oh, obrigada, Seu Jorge.

Eu peguei, cheirei o buquê de margaridas já sabendo quem havia as enviado.

Era claro que ela não iria deixar um bilhetinho de "tive que sair mais cedo" como aconteceria nas comédias românticas. Óbvio que não mandaria uma mensagem por WhatsApp como alguma pessoa normal mandaria. Lauren mandava buquê de flores para se despedir de uma pessoa amada, e isso, senhoras e senhores? Isso era lindo no mais literal dos conceitos.

"Foi especial, obrigada pela noite de ontem".
L. M.

O campo da data não estava preenchido no bilhete, embora houvesse seu espaço.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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