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A noite caía sobre Seoul, e a perseguição não dava sinais de que fosse desacelerar. A avenida principal estava agitada, mas o carro preto à frente parecia um espectro, cortando o tráfego com a precisão de uma lâmina afiada. Jeongguk, ao volante da viatura blindada, pressionava o pedal com força. Ele estava com a adrenalina a mil, mas sua mente se concentrava no objetivo: capturar os criminosos e proteger os civis.

— Rápido, Jackson! — gritou Jeongguk para o policial ao lado, que se esforçava para atirar nos pneus do carro em fuga.

Cada disparo reverberava no silêncio da cidade, quebrado apenas pelo som dos pneus raspando o asfalto e os gritos da perseguição. Jeongguk não tinha tempo para hesitar. Ele sabia que aquele momento poderia definir sua carreira. Afinal, capturar o maior grupo de criminosos de banco do país não era algo que qualquer policial conseguisse. E ele queria mostrar a todos, especialmente ao seu pai — que já não estava mais ali para vê-lo, mas cuja memória ainda o motivava todos os dias — que ele era capaz.

Finalmente, Jackson conseguiu acertar um dos pneus. O carro preto começou a perder controle, derrapando antes de bater contra o muro de concreto. O motorista, desesperado, saltou do veículo e correu, mas Jeongguk não perdeu tempo. Com a experiência de quem já estava há anos nas ruas, correu atrás dele, atirando certeiro na panturrilha do homem.

— Fique onde está, Jeon. — O criminoso gemeu, caindo ao chão. Jeongguk se aproximou, já preparando as algemas.

Enquanto os outros dois criminosos fugiam em direções opostas, Jeongguk lia os direitos do capturado, seus pensamentos vagando por um momento. Como é que já nos conhecemos, Jeon? Ele se perguntou, sem entender. Será que meu informante...

— Você não vai se safar dessa, Jeon. — o criminoso disse com um sorriso desafiador, mas Jeongguk não se importou. Ele o arrastou até a viatura e, com um último olhar para os fugitivos, seguiu para a delegacia.

Na viatura, os outros policiais discutiam sobre a ação. Mark, com um ferimento superficial no braço, parecia irritado, e Jackson estava visivelmente aliviado por a situação ter se resolvido.

— Vamos ao hospital, Mark está ferido. — Jeongguk disse com firmeza, virando a chave da viatura e ligando a sirene. A captura dos criminosos fora um sucesso, mas ele não poderia relaxar ainda. Uma parte de sua mente continuava alerta, ainda pensando no que mais estava por vir.

À medida que se aproximavam do hospital, Jeongguk olhou para o medalhão pendurado no pescoço, um presente de seu pai, e sussurrou para si mesmo:

— Obrigado, pai.

[...]

Após o incidente no hospital, onde Mark recebeu os primeiros socorros, Jeongguk voltou para a delegacia, onde o clima era de tensão e satisfação ao mesmo tempo. Ele estava exausto, mas sua expressão mostrava que ele se sentia orgulhoso de si mesmo. Conseguiu pegar um dos maiores bandidos de Seoul. O trabalho de meses estava finalmente se concretizando.

Ao entrar na sala de seu superior, o tenente Seokjin, ele foi recebido com um aceno.

— Finalmente, prisioneiros capturados. — Jeongguk sorriu, sentindo o peso do dia começar a cair sobre seus ombros.

— Parabéns, Detetive Jeon. — Seokjin disse enquanto organizava alguns papéis. — Você fez um bom trabalho. Hoje, vamos anunciar o novo tenente.

— Novo tenente? — Jeongguk ergueu as sobrancelhas, esperançoso, achando que finalmente o cargo seria dele. Ele havia trabalhado tanto para aquilo.

Mas o celular de Seokjin tocou antes que ele pudesse continuar, e seu superior fez um gesto para que Jeongguk se sentasse.

— O nome dele é... — Seokjin começou, mas foi interrompido novamente pelo som do telefone.

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⏰ Última atualização: Nov 07 ⏰

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