segundo

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era estranho, mas eu sabia que, sempre que precisasse me distrair, ele estaria bem ali, sentado na escrivaninha ou fazendo qualquer outra coisa naquele pequeno cômodo, e eu poderia observá-lo fazendo o que gosta.

o menino dançava muito bem e, com certeza, a parte favorita do meu dia era quando ele decidia fazer isso. seus movimentos variavam muito: algumas vezes dançava com delicadeza, fazendo passos leves, já outras contavam com passos agitados e com ar de revolta. mas ele nunca falhava em me fazer sorrir, mesmo apenas observando-o de longe.

naquele dia, o garoto parecia agitado. pude perceber isso através de seus passos. eu o olhava atentamente e, como um bobo apaixonado, sorria.

e as cortinas se fecharam de novo.

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