ILUSÃO

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CAPÍTULO 8 - Ilusão 


No dia seguinte, Sarah sai do carro em frente ao prédio da Cypher Corp, era o prédio mais alto da cidade, uma grande torre de vidro, no topo o símbolo da Cypher iluminado se destacava. O céu estava cinzento e as ruas com poças d'água indicando que havia chovido. Ela reparou que de dia haviam menos iluminação artificial, a cidade era cinzenta, úmida e fria. O androide na entrada os saúda e Joe a leva para dentro se identificam na recepção e sobem para o escritório de William que aguardava impaciente e ansioso para conhecer Sarah. 

A tão esperada batida na porta ressoa e William prontamente pede para Joe entrar. 

JOE: Bom dia, senhor! Esta é Sarah, a moça que realizou o milagre no lago. 

WILLIAM: Quanta honra conhecer alguém com tamanho poder! 

SARAH: Eu quem devo dizer isso a você Sr. William, honestamente não sei o que fiz para trazer o lago de volta, nem sei se fui eu mesmo quem trouxe. 

WILLIAM: Quanta modéstia não é mesmo Joe? 

JOE: Sim, senhor, ela é um amor de pessoa! 

WILLIAM: Venha querida, sente-se, precisamos conversar. Joe, pode se retirar, por favor. 

JOE: Sim, senhor! .

Sarah se senta e William começa uma longa conversa sobre a Cypher e em seguida sobre o quanto a Sarah será importante para ajudá-lo na empresa. Ela não entende direito nada do que é dito e se sente desconfortável por William confiar tanto que ela tem algum dom mágico capaz de realizar tudo o que ele deseja. Sem saber o que dizer ela apenas escuta e acena com a cabeça até que William termina seu discurso e espera por uma resposta dela. 


SARAH: Desculpe, senhor, mas não entendo o que espera de mim. Não sei o que fiz para o lago voltar, acho que foi coincidência eu estar ali na hora que a água surgiu. Meu marido havia morrido e saí desesperada em busca de ar, fui até o lago seco para chorar e quando vejo a água tinha surgido. 

WILLIAM: Minha querida, entendo que não tenha controle sobre seu poder, mas é para isso mesmo que está aqui, iremos ensiná-la a controlar isso, mas precisamos que fique aqui para realizarmos algumas pesquisas e procedimentos especiais. 

SARAH: Joe disse que eu teria uma nova vida e que eu não iria precisar me preocupar com mais nada. 

WILLIAM: Você terá isso tudo, desde que colabore com nossos estudos, querida. Já falamos demais, apenas aceite o que digo e facilite as coisas para você. Sarah, você não tem escolha aqui. 

SARAH: Seus canalhas, me enganaram, querem me estudar como se eu fosse uma espécie nova de animal! Quero voltar para minha casa, eu não aceito passar por isso, me leve de volta. 

WILLIAM: Bom, eu queria que colaborasse por bem, mas parece que terei que fazer isso do jeito ruim, sinto muito querida. 

Ele aperta um botão na mesa e dois homens grande e de terno entram no escritório. 


WILLIAM: Levem-na para seu quarto. 

SARAH: Não! Era tudo uma ilusão! Vocês me iludiram, eu não queria isso! Por favor, me deixem ir, me deixem voltar para casa! 

WILLIAM: Exatamente, querida, era tudo uma ilusão e você caiu direitinho. 

Um dos guardas injetou uma seringa com tranquilizante e Sarah adormeceu. Ela foi levada para um quarto pequeno, limpo, mas praticamente vazio com somente a cama e um banheiro. No dia seguinte ela acorda, algo está prendendo seu corpo e não consegue se mover livremente. Estava amarrada numa cama, olha para frente e um homem a olha como se estivesse preocupado com seu bem estar. 

FRANK: Enfim, acordou! Deve estar faminta, mas ainda não pode comer, vou retirar um pouco do seu sangue e algumas amostras de saliva e cabelo para analisar seu DNA e estudá-lo. 

SARAH: Seu louco, me deixe sair! Eu irei processá-los, seus canalhas! 

FRANK: Não adianta, mesmo que consiga sair daqui, a Cypher manda nessa cidade, processá-los não faria nada, preciso que colabore e faça o que eu disser, garanto que vai ser muito mais fácil para você sair daqui se fizer o que eu digo. 

SARAH: Eu não sou um monstro, nem um bicho para me estudarem, só quero voltar casa, por favor. 

FRANK: Farei o possível para que volte, mas preciso que colabore comigo, por favor. Não quero machucá-la, mas se eu não conseguir algum resultado, serei forçado a te machucar para não que não desconfiem de mim. Eu não sou quem você pensa, quero ajudá-la. 

Sarah olha para aquele homem atentamente, ele a lembrava de Brandon, achava que era a barba, mas talvez fosse aquele mesmo olhar sereno. Analisou a situação e viu que não ia adiantar gritar ou se debater, então apenas aceitou o que a aguardava. Frank retirou amostras de sangue, saliva e cabelos, depois ainda deitada e amarrada entrou dentro de um grande tubo metálico que fazia sons estranhos, Frank disse a ela que aquilo fazia uma varredura por dentro de seu corpo para identificar doenças ou anomalias. Após uma longa sessão de estudos ela é levada para seu quarto. Esse procedimento se repetia semanalmente e é claro que Frank já havia descoberto a gravidez de Sarah, tentou pensar em alguma forma de esconder isso, mas não havia como e contou para William. 


WILLIAM: Os exames feitos não identificam nada até agora? 

FRANK: Todos as minhas análises indicam que ela é uma pessoa tão normal quanto eu e você, William. 

WILLIAM: Nesse caso, talvez a criança tenha feito o milagre, a criança que ela carrega é o herói da lenda que tanto sonhamos em ter nas mãos, Frank. 

FRANK: Assim espero, William, mas é muito cedo para essa conclusão, talvez o dom que ela ou a criança tem não seja identificável pelo DNA ou anomalias físicas. 

WILLIAM: Nesse caso, precisamos analisar com outros meios, com magia. Não temos muita magia livre pelo mundo, mas detemos algum conhecimento a respeito, vai ser suficiente. Obrigado, Frank, sempre muito prestativo. 

FRANK: Só faço o possível para alcançar os objetivos da seita, William. 

WILLIAM: E tem cumprido muito bem, merece até uma promoção de cargo, o que me diz? 

FRANK: É claro que aceito, batalhei por isso! Mas é uma promoção na empresa ou na seita?

WILLIAM: Nos dois, vou precisar de você por perto nas nossas atividades empresariais e ocultas. Quero estude a Sarah usando magia de leitura, não sabemos muito sobre isso, mas usando seus conhecimentos com o que temos acredito que vai encontrar um jeito de usar. 


FRANK: Não irei decepcioná-lo, William. Amanhã mesmo começo os estudos com isso. Preciso ir agora, minha mulher aguarda. 

WILLIAM: Mande saudações a ela e venham nos visitar esse fim de semana, ela está com quantos meses de gestação? 

FRANK: Iremos visitá-lo sim, é sempre um prazer. Ela está com 4 meses de gestação, é um menino e está saudável lá dentro. 

WILLIAM: Muito bem, tenha uma excelente noite, Frank. 

FRANK: Você também, William. Até mais! .

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