Capítulo único

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Estávamos na festa que Gabriel tinha organizado. minhas mãos suavam, e trocávamos olhares, meu corpo estremecia. Como podia eu, estar gostando da minha amiga de infância?

"Gabriela, eu vou pegar uma bebida... Você vai querer?" Perguntei, morrendo de vergonha

"E-Eu vou querer sim" ela respondeu.

Dei alguns passos, somente os necessários para chegar perto da garrafa de vinho que fora colocada na mesa por algum adolescente bêbado. Peguei uma garrafa e dois copos vermelhos, estilo copo americano, meus pés congelaram. Ignorei os sinais do meu corpo, olhei para trás, Francisca ainda estava no sofá, mexendo no celular. Com passos leves e cada vez mais conscientes me aproximava de Francisca que, a todo momento olhava para mim e abria um sorriso. Meu coração disparou, dei um copo para ela e despejei vinho até o copo ficar satisfatoriamente cheio.

"Obrigada" disse ela, tomando um gole.

"Imagina" eu disse.

Ela, de certa forma parecia calma. Era o que aparentava, tínhamos nos beijado no dia anterior, e eu pensava a todo momento: será que ela gosta de mim ou me beijou apenas pelo verdade ou desafio que o Otávio insistiu em fazer?

Sentei ao lado dela e despejei vinho em meu copo, muito pouco, mas continua sendo vinho né?

"Meu Deus, olha o Henzel dançando!"

Henzel era um amigo nosso. Estava com uma menina muito linda. Ambos dançavam uma música romântica que me fugiu a cabeça. Olhavam um pro outro do mesmo jeito que nós duas tinhamos nos olhado no dia anterior, um olhar profundo, que parece ler toda a alma.

Nós duas nos olhamos. Agora eu podia saber, ela estava tensa, eu via em seu olhar

"V-Você quer conversar s-sobre ontem? Eu disse

"Sobre o que?" Ela perguntou

"Sobre o beijo" respondi

Quando terminei a minha frase percebi que nem devia tê-la começado, minha mão tremia.

"Você quer outro?" Ela perguntou, com um olhar malicioso

"Meu Deus, como assim, eu sou santa, me respeita" disse, em meio a risos

Ela chegava cada vez mais perto, suas mãos se posicionaram em minha coxa, eu não tive reação, como aquilo estava acontecendo? Ela aproximou seus lábios da minha jugular e lá deixou um pequeno beijo. Seu batom fez presença em meu pescoço, eu ficava cada vez mais excitada...

Repentinamente me assustei e percebi que estava sonhando acordada, nada disso havia acontecido, fora traída por minha mente, comecei a duvidar de minha sanidade mental. Continuávamos alí, envergonhadas. Meu rosto estava ficando cada vez mais quente, eu estava corando, Minha face parecia uma pimenta.

Levantei do sofá, e um pouco tonta por conta da pressão baixa rumei até o pé de uma escada que dava para o segundo andar. Ví os muitos quartos na casa de Gabriel, e entrei em um, sem pensar. Deitei na cama, o cheiro de alecrim era muito forte, a mãe de Gabriel amava queimar ervas para purificar o ambiente ou algo parecido.

Enfim, na cama, percebi que estava começando a ficar sóbria, mas questionei minha sobriedade quando de olhos fechados, ouvi a porta do quarto abrindo.

"Gabriela?" Eu perguntei, tapando a luminosidade que vinha da porta aberta com a palma da minha mão.

"Sim, sou eu" disse Satiko, se aproximando de mim

Ela chegava mais perto de meu corpo, o cheiro forte de álcool vinha dela, mas eu sabia, ela estava sóbria.

Seus lábios tocavam delicadamente meu pescoço, me faziam ficar excitada e arrepiada ao mesmo tempo. Abruptamente, porém com calma, subiu encima de mim, estava sobre meu quadril. Aquilo me deixava extremamente molhada. Ela tirava minha camisa sem pressa, e de tempos em tempos apenas olhava para mim com um olhar malicioso e fofo. Tirou meu short e meu sutiã com uma destreza digna de uma salva de palmas. Gentilmente coloquei minhas mãos em sua cintura e comecei a beija-la. Senti o cheiro forte de perfume feminino se misturando com o cheiro de alecrim, aquilo me trazia um conforto imenso. Ela desceu com os lábios até meu pescoço, até minha clavícula, descendo cada vez mais, com calma. Chegou em minha barriga e lá depositou uma mordidinha leve, dava chupões fortes e excitantes enquanto me acariciava. Seu corpo quente junto ao meu me enlouquecia, aquele momento era único.

Desceu até a parte de cima da minha pelve, e tirou minha calcinha.

Antes de adentrar com sua língua em mim, me olhou com um sorriso perfeito, que estava extasiado em ver meu rosto cheio de tesão. Seus olhos brilhavam, mais pareciam universos colidindo e resultando em nebulosas de puro teor sexual.

Eu nunca havia visto Gabriela daquele jeito, pra mim ela era inocente... Inocente até demais.

Finalmente colocou sua língua em meu clitóris, de vez em quando dava pequenas chupadinhas, que me faziam gemer muito alto. Era tào gostoso, e naquele momento, tão correto. Não havia -pelo menos naquele momento- causa e efeito, não existia pudor, não existia. Estávamos integralmente entregadas apenas em dar prazer e recebe-lo.

Infelizmente, por alguns segundos parara de me acariciar com sua língua, e experimentou usar seus dedos em mim. Ah, aqueles dedos, lembro deles até hoje, faziam milagres.

Ela, apenas ela sabia como me dar prazer de modo integral e completo, apenas ela sabia me deixar molhada com um olhar, apenas ela soube, de todos que fiquei, meus segredos. Não aqueles segredos da vida, ela sabia segredos do meu corpo, coisas que nem eu mesma sabia sobre mim mesma ela parecia dominar tudo, tudo aquilo me deixava de olhos virados.

Seus dedos dentro de mim eram como xanny's, me deixavam dopada, me deixavam querendo mais.

Peguei ela pela cintura, saímos da cama, e fomos ao banheiro. Apoiei ela na pia, aquilo era um ótimo cenário para um filme pornô, e de fato, era maravilhoso.

Nos beijavamos intensamente, a sua língua tinha o mesmo ritmo que a minha. Ambas não queriam que aquilo acabasse, eu tinha certeza que não queria o fim daquele momento.

Nós duas nos masturbavamos, e chegamos ao nosso ápice na mesma hora, eu podia sentir que nossos corpos estavam conectados.

Eu jamais irei esquecer aquele dia.

Deitamos na cama, ofegantes, minha língua estava quase com câimbra. Eu havia usado-a com muita destreza.

Ficamos de conchinha por alguns minutos, e depois colocamos nossas roupas. Eu dei um beijo final nela.

"E-eu acho que te amo" falei com minha face ainda perto da dela.

"Eu também te amo" disse ela, saindo do quarto.

Continuei na cama, essas foram as horas mais bem gastas da minha vida.

Eu estava apaixonada.

Kiss me pleaseOnde histórias criam vida. Descubra agora