Prólogo

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Anastásia Steele.

- Amo vocês. - A voz fraca de minha mãe me causa arrepios.

Me mantenho sempre distante da cama, onde meus irmãos estão abraçados a nossa mãe.

Enquanto nosso pai, está parado na porta, com as mãos no bolso, olhando toda a cena indiferente.

Todos acham que porque tenho dez anos, não entendo o que acontece em volta.

São tudo iludidos!

Que mero engano da parte deles, sempre se achando espertos!

Sei que meus pais estão separados, é que agora mal se suportam. Pelo menos meu pai, pois apesar de todos esses anos sofrendo, minha mãe ainda olha meu pai com amor, mas ela também tem o olhar ferido e magoado.

Mamãe, olha para a poltrona onde estou sentada, e estende a mão para que eu me aproxime.

Mesmo exitante levanto e vou até a cama. Elliot e Elena se levantam para que me acomode melhor ao seu lado.

Sento ao seu lado e ela bate no travesseiro para que eu me deite. Respiro fundo e me deito, sua mão vem para a minha cabeça, fazendo-me um cafuné gostoso... fecho meus olhos curtindo seu toque.

- Preciso que você seja forte, meu bebê. - abro meus olhos, e encaro seus olhos verdes.

- Meu maior desejo, era fazer parte de cada detalhe da sua vida; infelizmente não terei essa, oportunidades. - seco as lágrimas que rolam pelo seu rosto. - sempre vou estar aqui com você, meu amor. - mamãe toca em meu peito.

- Sei o quanto você é inteligente, que está tentando se distanciar o máximo possível, mas não faça isso. Meu amor, quando você crescer, descobrirá coisas maravilhosas, faça amigos, namore, se apaixone. Independente de tudo. Me prometa que você buscará sua felicidade, não a deixe escapar, lute com unhas e dentes pelo o que você quer sempre meu bebê. Lembre-se que de onde estiver, sempre estarei olhando por você e seus irmãos.

- Não quero que você morra, não quero te perder, mamãe! - me abraço ao seu corpo.

- Sua mãe precisa descansar Anastásia. - Papai fala da porta com a voz grossa.

- Vou ficar aqui com a minha mãe. - Me aninho mais ao seu corpo.

- Sua mãe está doente, ela precisa descansar, quero todos vocês em seus quartos agora!

- Não vou. - falo determinada.

- Ana... - Elliot e Elena tentam falar, mas eu não deixo.

- Não sairei do lado da mamãe! Não adianta!

Respiro fundo e continuo.

- Só saio daqui quando ela ficar boa. Meu amor vai curá-la de tudo. Ela sempre disse que o amor cura tudo, e eu, acredito na mamãe.

- Deixa de tolices, Anastásia! - papai se aproxima.

Me tira dos braços da mamãe, fazendo seu choro aumentar.

- Quero vocês fora desse quarto agora! - Meu pai grita, meus irmãos começam a se alterar.

Não presto atenção neles!

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