Party Favor - {Wheesa}

Bônus track. 1

esse capítulo contém gatilhos ao suicídio.

"Você é completamente medíocre, você fez que todos em sua volta fossem embora, você fez Ahn Hyejin morrer e merece ter o mesmo destino que ela."

Uma semana que recebeu essa estúpida mensagem, de um número infeliz e desconhecido, Maria tem viajado o bastante para não saber que as crises de Wheein haviam voltado a controlar sua vida e principalmente os sonhos, os quais agora não eram tão bonitos e sempre se tornavam pesadelos com flashes daquele terrivel dia em que Anh sangrou até a morte, a lembrando da sua culpa-O que era terrivelmente triste pois não era sua culpa, não queria que Hwasa apagasse seu brilho de si. Aquelas torturantes palavras foram para a sua cabeça e principalmente para o seu quebrado e cansado coração. Jung Wheein sempre fora um peso leve mas com uma força indescritível, que agora aos poucos esta indo com o vento da primavera.

O céu coincidentemente chovia- chorava, precendia o que iria a acontecer- o que deixava Wheein ainda mais triste, assistindo as lágrimas que caiam do céu e agora dos seus lindos olhos, tentava desanuviar dos seus pensamentos cruéis , deprimentes e tristemente encorajadores.

O silêncio daquela casa a corroía, a fazia lembrar que nunca tivera a chance de salvar HyeJin e estava tão cansada de se sentir vazia e prepotente- pois não era, era a pessoa que mais transbordava em suas telas, em seus esboços ou em qualquer ramo de magnólia que colhia. Essas coisas estavam tomam muito de toda a sua energia brilhante.

Levantou-se do sofá indo em direção ao banheiro, no qual ainda guardava a lâmina que encontrou no dia que a ex-namorada sangrou e a encarou por míseros segundos. Queria se machucar, queria se quebrar como se fosse feita de vidro, queria se rasgar como se fosse um papel, queria se sentir melhor enquanto se assistia a sangrar e perder o fio de sua vida, queria principalmente se desembaraçar de Ahn HyeJin, eu sei isso é completamente doloroso mas Jung Wheein era uma pessoa cheia de traumas e perdas, perdas totalmente destrutivas e que a fez se questionar de tudo em sua vida, principalmente de sua existência.

Suavemente fez um corte em seu pulso, terrivelmente igual a que tinha cabelos negros, sentou-se ao chão esperando a morte ou desesperadamente Maria mas pressentia que não a veria igual fora no último mês. Não era seu primeiro corte, mas esse fora tão profundo e descrevia vários sentimentos e principalmente a falta deles, descrevia o quanto seu sistema estava sobrecarregado. Agora os remédios que havia tomado fazia efeito, seu corpo estava ali congelado e sozinho, mas voava como uma borboleta para longe, para perto das nuvens, jurava que o céu azul e infinito caía sobre a mesma e Deus, como queria saber se toda aquela merda era coisa de sua cabeça, que só estivesse sonhando em seu sofá, mas não estava. Os minutos passavam e não conseguia controlar nem sua mente e nem o sangue, não sabia muito menos o que tentar ou fazer. Se via plenamente nas nuvens, o que tornava mais difícil encontrar seu caminho de volta e mal podia se concentrar elas eram tão barulhentas e irritantes. Agora gritava o nome de quem era plenamente apaixonada, de quem a fazia lembrar de uma época -curtíssima- em que as coisas não eram tão complicadas, tudo que precisava era ser salva e ver aquele rosto de que tanto gostava, gritava por Maria. Seus olhos pesavam e iriam se desligar, mas escutou - ou era mais uma alucinação, por sorte e pelos os anjos que choravam pelo o céu aquele dia, era Maria, o anjo de cabelos alaranjados.  Jurou que podia ouvir os anjos cantarem na voz de Maria e como sentiu falta de sua voz, mas principalmente dela. Quando finalmente a encontrou no chão do banheiro e a abraçou enquanto ambas choravam, sentiu sentimentos que nunca tinha conhecido ou até sentimentos que havia esquecido, aquele momento significava tudo em todo o mundo, se sentiu em casa novamente, mas já era tarde demais. Seus olhos fecharam, tornando tudo escuro.

"The day you left me, an angel cried."