Prólogo

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Imagine um final diferente para a oitava temporada: Daenerys Targaryen não era louca, afinal. Quando os sinos tocaram, ela aceitou a rendição e demostrou o quão piedosa ela poderia ser. Isso não a impediu de decapitar Cercei, é verdade, mas as perdas foram mínimas. Ele sentou-se no trono, com Jon Snow, agora Stark, como seu rei consorte. A vida poderia ser pior.

O Norte conseguiu sua independência depois de muitos conflitos entre a Rainha Dragão e Sansa Stark; Daenerys finalmente chegou a conclusão que o Norte merecia isso depois de tudo que lhe fora afligido. Sansa Stark foi coroada a Rainha do Norte e seu último irmão vivo, Bran, tornou-se sua mão. Afinal, quem via tudo e nunca se esquecia de nada seria de grande ajuda.

Mas nada disso é o ponto central desta história. A verdadeira questão é: e Arya Stark? Bem, aqui sua história não é tão diferente. Ela matou o Rei da Noite. Sua lista foi zerada. E sua curiosidade e senso de liberdade a levou a embarcar em um navio e seguir para o Oeste. Não em busca de algo em específico, ela apenas queria saber o que havia depois das linhas traçadas no mapa. Se seu navio chegasse a esse ponto, realmente estaria na borda do mundo? Iria cair e cair e cair até não haver mais nada?

Depois de quatro anos confiando e dando asas à curiosidade, Arya finalmente sente que é hora de voltar para casa. Não definitivamente, é claro. Apenas uma visita. Uma visita que pode mudar tudo. Ou deixar tudo como estava antes. Ah, quem eu quero enganar? Obviamente nada mais seria como antes. Mas o que queremos saber é: o que aconteceu com Arya depois de tanto tempo longe de casa? Ela ainda era a mesma pessoa? Porque, quando ela voltou, anos atrás, de Braavos, ela estava irreconhecível. Ainda a conhecemos? Alguém ainda a conhece?

Quando a Menina Lobo finalmente chega em seu destino, imersa em seus próprios segredos e esperando que ninguém os descubra, ela percebe que foi o pior momento para voltar. Porque, se quem ela achava que estivesse lá, realmente estivesse lá, ela estava ferrada. Jamais conseguiria guardar seu maior segredo.

Então, talvez isso fosse bom. Verdadeiramente bom. Talvez essa pessoa a pudesse salvar de seu mar de segredos. Talvez ele transformasse uma visita em algo mais permante. Talvez Ele a fizesse ficar. Desta vez, ela ficaria com ele. Desta vez, ela diria "Sim".

As Crônicas da Loba e do TouroOnde histórias criam vida. Descubra agora