17 EU QUERO AJUDAR ✓

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P.O.V Demi💋

 

Sorri sabendo que a Ally confia em mim para desabafar sobre algo da família, mas antes que pudéssemos entrar em meu carro, ela correu para dentro de casa e depois voltou sem o buquê. Eu soube que ela colocou as rosas na água, entramos em meu veiculo e comecei a dirigir tentando pensar num lugar bom para que ela possa desabafar comigo sobre o que está acontecendo. O caminho foi repleto de silencio e os seus olhos vagavam pela paisagem através da janela do carro, já que eu não achava um lugar bom, então resolvi ir para a praia.

Virei o meu volante para entrar em outra rua e segui reto sabendo que daria de cara para a praia, Ally soltou um suspiro longo e vi uma pequena lagrima escorrer pela sua bochecha mas ela tratou de tira-la dali no mesmo estante. Eu queria toca-la mas preferi manter minha atenção na estrada para não causar um acidente, até que estacionei o carro perto da praia em que encontrei ela com a sua irmã aquele dia.

- Ei, não precisa ter vergonha – Vi seu rosto confuso – Pode chorar.

- Ah... – Ela ficou com a boca aberta sem saber o que dizer.

- Venha – Saio do meu carro e dou a volta para abrir a porta para ela
– Acho que esse é um bom lugar para pensar em nossa vida.

- Também acho – ela sorriu e eu peguei em sua mão a puxando.

- O bom é que hoje não está movimentado – Comentei tentando distrai-la – Então podemos ficar em paz.

- Sim – Balançou a cabeça – Me sinto melhor em sua companhia.

- Eu que fico melhor, é tão bom me encontrar com você porque eu esqueço da realidade- Admiti
– Fugir da realidade é bom.

- Nem sempre, porque depois que voltamos a realidade vem a pior tristeza –  abaixou a cabeça
– Porque tem os problemas que não conseguimos resolver e a maldita ansiedade que nos deixa ruim.

- Por isso que é bom desabafar na melhor companhia.

- É isso que eu vou fazer.

Ela me olhou por alguns segundos com os olhos marejados e depois virou o rosto fingindo apreciar os coqueiros, fomos para o lugar afastado e nos sentamos na areia ficando de frente para o mar onde as ondas se quebravam diversas vezes quando ficavam grandes. Eu não sabia como iniciar uma conversa com ela e eu não queria estragar o seu momento em silencio, ouvi seu suspiro pesado e eu sabia que ela estava sofrendo em silencio.

- Sabe, a minha família é muito pobre – Acenei já sabendo disso mas deixei que ela continuasse
– Como eu sempre falo, meus pais tentam achar emprego de qualquer coisa para nos manter mas não está achando nada. Ocultamos muita coisa para irmã não ficar triste com a nossa situação, não queremos que a crise a atinja. Ela tem uma noção de que não temos muito dinheiro e até mesmo se preocupa se sua irmã não vai gostar do jeito dela.

- Minha irmã gosta muito dela
– Comento – Bruna não liga para classes sociais, ela gosta de uma boa amizade ou além mais que isso – Sorri sugestiva.

- Eu reparei –  soltou um riso fraco e continuou – Meu pai é pintor, ninguém o chama para um serviço de sua área e nem para outras áreas, minha mãe anda cada vez mais triste por não arranjar nem um emprego na padaria. E eu? Eu tento de tudo para ajuda-los, tenho pouco dinheiro que ganho dando aula mas não é muito coisa...

- A escola tem poucos alunos porque precisa dar uma reformada, se tivesse muitos alunos você estaria rica – Tento conforta-la
– Sua profissão é ótima e um dia você vai conseguir ter milhares de alunos.

- É o que eu mais quero porem o diretor não usa o dinheiro para melhorar a escola – Suspirou
– Mas voltando – Ela mexeu na areia por alguns segundos – Hoje de manha meu pai de uma noticia que me pegou de surpresa, o banco está nos cobrando por não termos dinheiro para pagar as contas que recebemos. Meu pai está quase para declarar a falência, o abastecimento de casa está acabando e a cada dia vai ficando pior.

- Nossa – Fiquei surpresa – Tem quantos dias para pagar as contas?

- Dois dias e se não pagar, eles vão cortar tudo – ela então começou a chorar – Eu não queria que meus pais passassem por essa situação e nem a minha irmã – Soluçou – Sofia merece uma ótima faculdade depois que sair da escola, mas não vou conseguir fazer isso por minha irmã por eu ser inútil demais.

- Nunca repita isso – Pego sua mão e dou um beijo na mesma – Você não é inútil, sua família é incrível e eu sei que eles vão ter uma condição de vida melhor mais para frente. Você é muito forte e está ajudando sua família, é algo de se orgulhar.

Allyson colou sua boca na minha iniciando um beijo calmo entre suas lagrimas, acariciei sua cintura tentando conforta-la em meus braços, nossos lábios se mexiam calmamente um cobrindo o outro. Chupo devagar seu lábio inferior para depois mordisca-lo, sua língua adentrou minha boca caçando pela minha num desespero. Deslizou minha mão pelo seu braço e subo até sua bochecha onde passei a acariciar sentindo suas lagrimas escorrerem, distribuo selinhos diversas vezes em sua boca e separo levemente nossos lábios.

- Eu posso te ajudar – Sussurro – Eu posso conseguir emprego para seus pais.

- Não Demi, não queremos depender de você.

- Eu banco tudo e eu quero fazer isso – Argumento – Por favor Ally, me deixa cuidar de vocês, eu tenho dinheiro e posso ajuda-los.

- Mas de jeito nenhum Demi –
se afastou um tanto apreensiva
– Não queremos depender de você e muito menos que use o seu dinheiro conosco, pode parando que eu não vou ceder a isso.

- Então aceita pelo menos que o seu pai tenha um emprego – Fiz um bico – Ele vai atuar como pintor em meu novo cassino em Las Vegas, por favor Ally, aceita isso que vai ser melhor para vocês.

- Demi – fechou os olhos mas os abriu logo em seguida – Está bem, mas só isso.

•Demally• √ S̶t̶r̶i̶p̶p̶e̶r̶Onde histórias criam vida. Descubra agora