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ALERTA: capítulo aborda assunto que pode ser traumatizante para algumas pessoas. Não ler este capítulo não vai interferir no entendimento da história.

Ao decorrer dos acontecimentos, eu vou listando o minuto da musica que vocês precisam estar.

Itálico: Derek

Outros: vozes.

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[⚜️]votem e comentem

[N/A: adiantem até o minuto 1:51. Leiam devagar para dar tempo da primeira parte da musica tocar e vocês sentirem.]

Ele jogou a pequena bola de tênis na cesta de basquete. Sobre a escrivaninha estava as fotos que ele tirou com Lukas e Troye na época que eles ainda eram o trio maravilha. Sentado sobre a cama, enquanto fazia a lista de exercícios, Derek começou a refletir e tentar entender como sua vida virou de cabeça pra baixo em menos de um ano.

Talvez deveria ter controlado os hormônios nas oportunidades que teve; talvez ele deveria ter sido mais misericordioso com os sentimentos de quem sempre jurou amar e considerar muito; talvez não deveria ter desistido na primeira oportunidade que teve de ajustar sua relação com Lukas. Naquele final de semana ele percebeu que estava totalmente sozinho. Tinha se tornado o tipo de pessoa que no passado sentiria um ranço fortíssimo. E para piorar, ele afastou a única pessoa que controlava suas crises de ansiedade.

Por que insistiu tanto no erro? Por que teve que ser tão babaca? [ 2:11 ]

Precisava respirar um pouco, então saiu do quarto. Depois de vestir um moletom, ele seguiu para a cozinha a procura de alguém, mas como sempre a casa estava vazia. Quer dizer, as vezes tinha uns empregados que cuidavam da casa e tudo mais. Derek mordeu o lábio inferior e começou a estalar os dedos - um hábito que adquiriu quando ainda era uma criança para tentar se acalmar - caminhando para o quarto de seus pais, torcendo para encontra-los lá dormindo. Não que ele realmente se importe com o que dois estariam fazendo, Derek apenas queria ter os dois por perto.

Quando abriu a porta do quarto de seus progenitores, sentiu algo totalmente contrário do que necessitava sentir. A respiração do garoto começou a acelerar, um nó se formou em sua garganta, intensificando a dor que ele sentia todos os dias e tinha aprendido a lidar com a ajuda de Lukas. Ele estava tremendo; suando frio; ele estava caindo, caindo, caindo.

Desista.

Não tinha mais o que fazer.

Ele deveria desistir.

Ele estava sozinho, completamente sozinho.

Desista.

Não mais motivos para existir.

Nada mais a dizer, nada mais para sentir.

Ele continuava caindo.

Não tinha ajuda. Seus pais não comprendiam, julgavam sua dor. Deixavam-o sozinho em meio a própria ruína e cinzas.

Deixe todos aqueles que sonham.

DESISTA!

- NÃO! - ele chorava, berrava, puxava os fios de seus cabelo - CALEM A BOCA!

Doía, doía muito. Estava cansado de lutar.

Se sentia tão fraco, tão fraco.

A solução para calar as vozes de sua alma era tão ruim, era tão doce.

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