capítulo 2

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Ao entrar no quarto, realmente me senti em outra atmosfera, bem, o ambiente  trazia consigo sensações que eu não conseguia lembrar, mas por que? Se era meu quarto, por mais que não estivesse sempre lá, depois dos noves anos, eu sempre ficava nele. Caminhei devagar até chegar a cama, sentei ao lado da cabeceira, Samanta se despediu pra ir dar continuidade aos preparativos do almoço.
Como descrever meu quarto?
Bom, ele estava localizado no segundo andar da casa, nele havia uma janela próxima a uma grande árvore, com uma vidraça enorme, que aberta levava até a varanda, quando fechada, a noite e o amanhecer devia ser algo magnífico, pois era direcionada ao horizonte, ao menos eu via assim, a mobília, vendo pra um lado mas oposto ao quarto de uma criança, não tinha nada de infantil, eram móveis sofisticados, uma estante de madeira, com muitos livros, meu pai sempre lia pra mim, me falava que era fascinada por histórias, de magia, realmente. Ao lado da istante uma poltrona, um tapete, que cobria quase todo o  chão, a cama era grande e espaçosa, grande demais pra mim, achava, próximo a cama, havia uma bancada. Tinha um banheiro, e um closet, o que faltava eu compraria,mas o que me intrigou, foi um cilindro de vidro em meio aos livros, que rodeava, uma flor, e uma pedra como se tivesse iluminação, não sei, fiquei ali, analisando aquela imagem, fiquei em transe, não sei por quanto tempo, mais logo fui interrompida, com batidas na porta, Léo entrou no quarto com as malas:
- Lindo não é?
- há ? - fiquei atordoada.
- a flor e o cristal, você ta aí de boca aberta, não se lembra ner?
- o que ?  Há, acredito que não me lembre. - baixei a face em torno de minhas mãos, elas estava suadas.
- calma irmãzinha, suas lembranças  vão voltar vai ver. - Léo falou me olhando de um jeito diferente do seu.
- bom essa flor foi um presente de alguém muito especial para você. Deve ser por isso essa surpresa.
   - alguém especial?
   -é, nosso tio!
   - ah!
- pessoal, vamos a comida já vai ser servida. - gritou Samanta eufórica na porta do quarto.
   - você não sabe bater sam? - falou leu com um sorriso e ar de deboche para ela.
  - deixe de bobagem seu chato, vamos logos!
  Chegamos a mesa, estávamos nos três e meu cunhado, um homem bastante gentil e prestativo, podia ver amor em seus olhos ao se direcionarem a minha irmã, e ela claro respondia com a mesma intensidade. Bom éramos o desenho de uma família feliz.
  - querida sobre a escola, já fizemos sua matrícula, apesar de entrar atrasada você vai se sair bem! - falou Samanta.
  - claro que vai! Você vai comigo, fica perto da faculdade. - leo disse preparando seu prato calmamente.
- uau, não sei como vai ser, mas vou tentar! - falei aos risos.
  - não vai se sair mal, já fiz sua campanha com antecedência!
- Léo!
- o que sam, jamais iria deixar fazerem qualquer tipo de coisa com ela, só por ser novata. - falou leo, claro que ele iria falar que a irmãzinha que ninguém conhecia dele iria chegar em breve. Não sei se iria ajudar ou atrapalhar, sorrir sarcasticamente.
  - ta bem Léo você venceu, então quando começo?
  - a diretora falou que poderia ser segunda, já estar tudo certo.
   -  ótimo.
   Léo já fazia faculdade, era capitão do time de futebol, era popular claro, seus amigos sempre estavam na casa por isso. Ele morava sozinho. Samanta vinha aos fins de semana com o esposo. Léo trabalhava na empresa, quero dizer especionava, ele tinha funcionários a sua disposição, apesar da pouca idade era bem sucedido, nos todos, com Samanta e o marido não era diferente, e com nossos pais muito menos.
  - então é isso, segunda te levo pra sua escola nova, passamos na diretoria e você já se torna uma jovem no último ano do ensino médio.
  - Que simples! - falei sorrindo, como era mágico aquele momento em família.

 
   

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