Paranóia

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Olá, contarei a história de Samara, uma jovem de 25 anos apaixonada como qualquer outra e Mônica sua melhor amiga com a mesma idade.

Querem um conselho? Não se metam com bruxas, jamais.

Samara estava no último período da faculdade no curso de Enfermagem. Morava em uma casa que dividia com sua amiga Mônica. Samara tinha um namorado, Fernando de 25 anos e estudava junto com ela. Tudo ia bem na vida de Samara, porém ela começou a desconfiar que seu namorado estaria a traindo. Pois ele não queria mais ficar junto com ela como antes. Inventava qualquer desculpa para não se encontrar com ela e lhe tratava mal as vezes. Mônica sua amiga disse que conhecia uma amiga que desconfiou que seu namorado a traía e foi em uma bruxa das cartas. Que poderia lhe afirmar o que seu namorado estaria fazendo através das cartas. Samara não acreditou no começo mas Mônica conseguiu convence-la. No outro dia as duas foram no local da bruxa. Entraram em uma casa humilde como qualquer outra. Uma senhora agradável e simpática atendeu as meninas.

- O que você quer saber exatamente? A senhora dirigindo-se diretamente a Samara.

Samara pensou rapidamente: "como ela sabe que sou eu que vim fazer a consulta? Que estranho".

- Quero saber se meu namorado me traí, pois ele está totalmente mudado comigo. Disse nervosa Samara.

- Me de sua mão. Disse a sorridente senhora.

Samara olha para sua amiga, a mesma acena com a cabeça afirmando que sim. Samara da a mão a senhora.

- Você é uma ótima menina, boa índole e sempre verdadeira. Fala calmamente a senhora.

- e o meu namorado? Ele tem uma boa índole? Pergunta ansiosa Samara.

- Nem precisarei pegar as cartas, não confie nele, so quer lhe usar e está lhe traindo com uma moça loira.

Nesse momento Samara começou a ficar nervosa e tremendo.

- Não pode ser, não pode ser. Samara repete mais nervosa ainda.

- A única loira da nossa sala é a Júlia, é eles andam juntos de vez em quando. Comenta Mônica.

- ele vive com ela agora mesmo, mas não quero acreditar que isso está acontecendo comigo! Diz Samara.

- ora mocinha, você não é a primeira nem a última a ser traída. Responde a senhora sorridente.

- Você é velha, o que sabe sobre amor? Mora em uma casa sozinha, sem ninguém, com certeza todos lhe abandonaram. Fala com raiva Samara.

A expressão sorridente da senhora se transformou em um rosto frio e sério. A senhora lança um olhar penetrante em Samara. O tempo para, so as duas se movem.

- Você é jovem, não sabe o que fala, mas vai aprender, tudo o que vai acontecer daqui em diante com você, lembre-se que mereceu.

A senhora toca a testa de Samara, um símbolo vermelho aparece na sua testa e some como se tivesse entrado na sua cabeça. O tempo volta ao normal, passou apenas um segundo. Samara pega no braço da amiga e vão embora. A senhora ver as duas indo embora com um leve sorriso entre os lábios.

Samara vai pra casa, toma um banho e chora, apenas chora e descarrega o amargo que tinha no peito depois de saber que seu namorado a enganava todo esse tempo. No outro dia na faculdade ela termina com Fernando, ele não liga tanto, afinal ele so estava mesmo usando Samara. Os dias se passaram mas Samara andava estranha, não falava com ninguém, não comia direito e dormia frequentemente nas aulas. Mônica procurou saber o que a amiga tinha. Samara sempre evitava dizer. Mônica sabia que a amiga estava triste, mas percebeu que tinha algo a mais. Mônica um dia insistiu tanto que Samara resolveu dizer o que anda acontecendo com ela.

- Acho que aquela senhora das cartas, me enfeitiçou. No dia que fomos lá aconteceu uma coisa estranha, não sei explicar direito mas ela tocou na minha testa e disse que eu ia merecer tudo que viria a acontecer. Diz Samara.

- mas eu não a vi tocando na sua testa nem falando nada disso. Responde Mônica.

- foi tudo muito estranho. Não sei realmente o que houve. Diz Samara confusa.

As duas conversam e Samara começa a dizer o que anda acontecendo com ela.

- Eu ando vendo coisas pela casa, alucinações. Não sei o que ta acontecendo. Na minha comida aparece larvas e as vezes parece que vejo vultos e escuto vozes a noite. Por isso durmo nas aulas. Diz triste Samara para a amiga.

- passarei uns dias aqui com você. Vou cuidar de você. Diz Mônica tentando reconfortar Samara.

Mônica vai para casa de Samara. A noite as duas pedem uma pizza para tentar reanimar Samara. Mônica começa a comer mas Samara fica receosa de algo acontecer. Mônica convence-a. As duas comem, Samara sente um gosto estranho na boca, olha para a pizza e ela está coberta de fetos mortos, ela grita na hora e joga longe a fatia que estava comendo. Mônica se assusta, tenta acalmar a amiga que estava em choque mas também sente um cheiro de podre vindo de dentro caixa da pizza que ela tinha fechado para não esfriar rápido. Ela abre e a pizza está coberta de fetos, um cheiro terrível de podre invadiu o lugar. Samara não conseguia se mecher apavorada. Mônica pegou a pizza, com ânsias conseguiu jogar no lixo. Mônica não pensava direito, será que era um pesadelo que ela vivia aquele momento? Olhava para sua amiga Samara e não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

 Foram escovar os dentes. Samara escovou primeiro e foi para a cama. Mônica escovava seus dentes quando cuspiu viu que tinha sangue misturado com o creme dental na pia. Tentou tocar para ver o que era, seus dentes começaram a cair todos, um atrás do outro. Mônica grita desesperada e acorda de um relapso. Foi apenas uma alucinação.

 Mônica com os pensamentos a mil. Pensa no que fazer e decide ir embora com a amiga. Pega apenas algumas roupas e leva Samara até o carro. Mônica dirige nervosa e tremendo, Samara tenta acalmar a amiga mas não funciona. Mônica decide ir até a casa da bruxa das cartas, convicta que ela era a culpada de tudo isso que estava acontecendo.

 Mônica dirigia muito rápido, o velocímetro ja tinha passado de 100 km faz tempo, Samara tocava em Mônica mas ela não sentia nada, parecia não estar mais ali. O carro delas ultrapassa o sinal vermelho e um caminhão de carga acerta elas em cheio. Fim da linha para as duas amigas. Samara morreu na hora, Mônica em seus últimos suspiros e visão embaçada viu a bruxa das cartas na sua frente, sorridente e simpática como no dia da consulta.

- agora a conta está paga. Diz calma e serena a simpática senhora e vai embora cantarolando.

Fim

(1144 palavras)

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