Capítulo 7: O Cervo

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Eu estava sentindo uma dor de cabeça enorme devido a pancada que levei quando caí no chão,quando levantei percebi que eu estava sem minha lanterna, provavelmente eu havia perdido enquanto estava fugindo daquela coisa. Eu olhei ao meu redor e não tinha nada além de árvores, eu não sabia pra onde ir e as pegadas já  tinham sumido então eu estava literalmente perdido.
Resolvi então sentar e me apoiar na árvore que eu havia tropeçado, resolvi que no momento não havia nada para fazer, porém, foi aí que notei algo em uma árvore na minha frente enquanto eu estava sentado, me aproximei para ver o que era. Era sangue,sangue de alguém ou algo, na madeira daquela árvore "Meu Deus alguma coisa foi atacada do meu lado enquanto eu estava desmaiado "comecei a pensar na sorte que eu tinha por esse sangue não ser meu.
Olhei para o chão e para as Árvores a minha frente e percebi que elas formavam uma trilha, e mais uma vez eu iria caminhar pela floresta sem saber até onde isso ia me levar.
Enquanto seguia o sangue eu comecei a perceber que aquela floresta era "bonita" de dia, ela não possuía flores nem muitos animais mas era bem verde, tinha umas neblinas em algumas regiões, eu não havia encontrado nenhum animal comum naquela floresta, a única coisa com vida que eu vi além de mim em 24h horas foi aquilo que tentou me matar na noite passada. Eu estava com medo que a aquele sangue fosse de um dos meus pais, afinal eu não sabia o que  tinha  acontecido com eles e também não achei o fim das pegadas, tudo indicava que algo ruim estava pra acontecer.
Após alguns minutos seguindo as marcas de sangue, eu avistei uma Macieira cheia de maçãs e obviamente eu corri para pega-las pois eu estava morrendo de fome, não comia nada a mais de 12 horas, para a minha felicidade elas estavam maduras e eu pude pegar 5 maçãs, sentei embaixo de uma árvore e comi 3 delas, o sabor era ótimo.Consegui matar minha fome, porém eu não era o único que havia matado algo pois um pouco mais a minha frente,estava a origem do sangue que eu estava seguindo. Para o meu alívio aquele sangue não era dos meus pais, eram de um Cervo macho bem grande, porém meu alívio se foi rápido ao ver a maneira que ele foi morto e devorado, seus chifres que pareciam ser grandes, foram quebrados em pedaços, metade do seu rosto havia sido arrancado, suas patas traseiras tinham sido arrancadas sobrando apenas as da frente, eu quase vomitei ao olhar pro seu estômago,toda a sua barriga estava aberta com marcas de dente porém  é como se tivesse sido arrancada com apenas uma mordida, seja lá o que foi que tivesse feito aquilo, com certeza não foi um animal. Depois de toda aquela cena eu  não tinha noção do que fazer, não tinha mais pegadas, não tinha mais marcas de sangue, não havia nenhuma pista de onde meus pais estavam ou o que aconteceu com eles.
Foi aí que no meio daquela floresta eu ouvi 1 tiro...

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