Como Corromper uma Dama

Capítulo Um

Aron permaneceu ali abraçado a sua mãe por minutos que pareciam perfeitos demais,os braços da mãe eram firmes ao seu redor como o de quem não soltaria o filho nunca mais,dava pra ver o quanto aqueles anos longe não tinham sido nada fáceis para ela, embora aquela mulher parecesse impenetrável, ali naquele momento ela mostrou sua total vulnerabilidade perante aquele ser que havia saído de seu ventre.

-Não acredito que é você mesmo. -Rose se afasta observando o filho dos pés a cabeça.

-Ouvi que apenas estiquei um pouco minha mãe mas que os traços de meu rosto continuam os mesmos. -Aron da um sorriso largo,deixando a mãe ainda mais encantada.

-Venha entre,precisamos mandar chamar o seu pai urgentemente.Ele não acreditará quando te ver aqui. -Rose arrasta Aron para dentro.

Era como se nada naquela casa tivesse saído do lugar,tudo estava devidamente memorizado na cabeça de Aron,a cada passo que ele dava o sorriso em seu rosto alargava ainda mais sua mãe o observou sem sequer piscar e então percebeu que ele ainda era seu menino e que esses três anos embora parecessem uma eternidade não tiraram o brilho que ele tinha no olhar.

-Olhando desse jeito nem parece que demorou seis anos pra voltar pra nós! -Rose sorri sarcástica para o filho.

-Isso me pareceu uma alfinetada. -Aron arqueia as sobrancelhas tentando intimidar a mãe.

-Te conheço tempo suficiente para não me assustar com esse teu olhar.- Rose tapa a boca tentando esconder a risada.

-Estou confuso minha mãe, tudo está devidamente no lugar que eu me lembrava mas parece que falta algo, mas por mais que eu olhe sou incapaz de dizer oque seja. -Aron da de ombros intrigado.

-Eu sei muito bem do que está falando. - Rose pisca para o filho brincalhona.

-Então me diga, oque está me fazendo sentir tanta falta mas que eu não estou sendo capaz de me lembrar. -Aron apoia-se observando a mãe.

-Emma meu filho, sempre que você entrava por essa porta ela corria para te importunar até brigarem e fazerem as pazes com uma facilidade que eu nunca vi. - Rose sorri como se a lembrança viesse a sua cabeça.

-Claro que é Emma, nunca achei que sentiria tanta falta dela assim. -Aron se senta no último degrau da escada.

-Eu sempre soube que seria assim, vocês sempre foram unidos demais; Mas creio que dessa vez será preciso muito mais que um sorriso e brincadeiras para que Emma te perdoe por esses três anos. - Rose demonstra seu descontentamento com os anos que passou longe do filho.

-Eu reconquistarei cada uma de vocês. -Aron se levanta e da um beijo na bochecha da mãe como se aquilo o deixasse empolgado.

-É a primeira vez que vejo esse olhar galanteador em seu rosto. - Rose sorri pensando no trabalho que terá com um filho tão galanteador.

-Se acostume que de agora em diante nem que me mandem embora eu irei. -Aron pisca para a mãe bem humorado.

-Edmund irá amar quando ouvir isso. - Rose sorri acariciando o rosto do filho.

-Mal vejo a hora de ver o sorriso no rosto de meu pai. -Os olhos de Aron brilham.

-Por falar nisso é melhor que eu mande que alguém o chame. -Rose olha para o relogio na parede e bate o pé no assoalho inquieta.

-Então se não se importa eu irei até meu quarto me recompor e ter alguns minutos de descanso, a viagem foi longa. -Aron caminha escada a cima.

Antes de entrar em seu quarto Aron passa pelo que era de sua irmã Emma, abre a porta rapidamente e entra em passos curtos e calmos, respira fundo e sente um relance do perfume de Emma, é como se ela não tivesse ido embora nunca, todos os detalhes estão da maneira que ele se lembrava. Aron se sentou na cama e por um breve instante sentiu vontade de que sua irmã entrasse correndo pela porta lhe sacudindo o dedo e dizendo que era um intrometido e perguntando por que estava xeretando em seu quarto. Aron desde pouca idade amava ver a irmã vermelha de raiva, a capacidade com quem brigavam e voltavam a fazer as pazes era impressionante, mas dessa vez Aron tinha medo de que seu sorriso levado não amolecesse o coração de Emma.