Era tarde da noite quando ele atravessou a porta, pra vária estava bêbado, caindo em todos os cantos da casa, tentando se segura da melhor forma.
Não me atrevo a mexer um nervo para ajudá-lo, deixo Carol no meio de seus brinquedos e vou a procura de João.
- Ei seu pevertido ! - grito assim que vejo o mesmo pegando uma colher do brigadeiro- Se você não deixar esfriar, queimará a boca, pelo amor de Deus, me obedeça- digo ao mesmo que fica calado e deixa a colher na mesa.
- Perdão mamãe - fala abaixando a cabeça
- está tudo bem querido - digo alisando seu rosto - agora vamos durmi ele chegou - falo e o mesmo me dá a mão.
Caminhamos até a sala onde ele estava lá segurando Carol , meu coração para diante da cena, não por algo bom. Mas pela preocupação, algum tempo atrás teria esperança ao vê-lo segurando um de nossos filhos, mas hoje não tenho.
- Está tudo bem ? - falo diante do mesmo.
- Porque pergunta ? Não pareço está bem com nossa pequenina ? - levanta seu olhar para mim, um olhar nada bom.
Deixo João atrás do meu corpo, antes de levanta os braços a pedido da menina .
- Vamos me dê, preciso amamenta ela antes de dormir - falo me aproximando do mesmo que deixa ela em meus braços.
- Faça isso na minha frente - diz em alto e bom tom - Quero ver como faz isso - diz olhando para a cadeira ao seu lado.
Me recuso a sentar perto dele, ainda mais com esse cheiro de bebida e cigarro. Me sento no sofá com João na ponta, segurando meus braços, coloco metade do meu seio pra fora e deixo ela se alimentar.
- Porque toda essa cobertura ? - pergunta e eu olho pro mesmo que analisava meus seios.
Não respondo, deixo a resposta no ar, fico um tempo alisando o rostinho da minha menininha, com certeza, a que mais me dava trabalho.
- Não vai falar comigo seu moleque ? - fala com raiva é João aperta meus braços
- Não fale assim com ele! - digo alto - está doente, com dor de garganta e de ouvido, fale baixo, ele não merece suas grosseria a esta hora da noite - falo e o mesmo respira fundo.
- Não me diga o que devo fala ou fazer na frente de um menino - grita se levantando e vindo na minha direção - sua vagabunda - sinto algo forte bater em meu rosto- sua prostituta - novamente outro tapa em meu rosto.
Sinto a bebê caindo de meus braços escorregando da minha coxa, vários e vários tapas e chutes sendo destruído em todo meu corpo, um pequeno grito ao fundo que aos poucos vai diminuindo, até minha visão fica escura e não escuta mais nada.
02:37a.m
Acordo em um lugar escuro, não via nada, me levanto muito tonta e caminho pela casa, acendo a única luz que encontro, um abaju.
Me deparo com João deitado em frente a lareira, com Carol em seus braços, ele não estava bem , me arrasto até eles e o puxo para meu colo.
- João! João meu filho, por favor acorde! - mexo o mesmo desesperadamente.
Felizmente Carol acorda chorona, tento acalmar a mesma com medo dela acorda o desgraçado de toda essa causa.
Subo as escadas o mais rápido possível, preparo uma bolsa com roupas e coloco Carol no canguru baby, desço as escadas e pego João no colo.
- João acorda filho por favor - choro em meio ao nervosismo.
Saio da casa caminhando até a rua, não tinha sinal de qualquer pessoa ou carro que passaria aquela hora.
04:00a.m
Sigo caminhando na rua sem parar, choro percebendo quanto meu menino estava machucado, paro assim que vejo uma igreja no final da rua. Continuo andando até ela, sem saber o que eu poderia fazer, sem saber ao menos se tinha alguém que poderia me ajudar.
Me sento no degraus da frente da igreja atrás de uma parede de mármore, sinto uma dor enorme na barriga assim que coloco João em meios as minhas pernas.
- Pelo amor de Jesus Cristo - choro desesperada - Deus me ajude senhor, pela vida de meus filhos, não peço que tenha piedade da minha mas sim da deles - choro pensando na possibilidade de João não acorda .
Um barulho forte vem do lado da igreja, agarro João cobrindo o mesmo com minha saia, uma lanterna bate em meus olhos, me deixando praticamente cega, não conseguindo ver quem está por trás dela.
- Por favor senhor, me deixe ficar esta noite aqui, prometo não está aqui de manhã, pelo meu filho - falo assim que o homem tira a lanterna do meu rosto.
- pode ficar aí mulher- diz e aponta a lanterna no rosto de João, me deixando ver alguns machucados em seu rosto - o que ouve ? Foram assaltado ? - fala apontando a lanterna na parede que fazia um pouco de claridade.
- É complicado - falo sentindo as lágrimas descerem no meu rosto.
- Vou trazer cobertas para você, amanhã vejo o que posso fazer para seu menino, mas não garanto nada - diz se virando indo a caminho da porta .
- obrigada - falo um pouco alto
O mesmo não responde, fecha a porta e não volta mais.

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Atrás das grades (MORRO)
Подростковая литератураComo tudo começou.... Gabriella dona de casa, mãe de duas crianças, mais uma vítima de abuso sexual . Não é atoa que ela decidiu fugir de casa, colocando tudo que ela mais amava em jogo. Em menos de 1 mês acontece a maior reviravolta na sua vida, s...