- Se afaste, e solte a faca. - Gritavam os policiais invadindo o deposito.- Meu nome é Mark Holder, e eu não sei o que estou fazendo aqui.
- Não me lembro do que aconteceu, nem se quer lembro como fui ali parar, quando dei por mim estava com uma faca na mão, coberto de sangue e com quinze corpos a minha volta. - Falei, e no mesmo instante um zumbido se estendeu por toda sala.
- Ordem no tribunal. - Exigiu a juíza batendo o malhete, e em seguida um silêncio se estalou em toda sala. - A sessão está encerrada para apuramento de evidências, será retomada dentro de dias. - Concluiu.
- Enquanto os policiais levavam-me, todos olhavam para mim com ódio gritando: "assassino", "você não merece viver", mas o pior mesmo, é não poder lembrar de nada. Ver aqueles corpos esfaqueados foi chocante, eu não consigo acreditar que eu tenha deixado quinze famílias desoladas, seja quem for que tenha feito isso comigo, deve me odiar muito, então é dai que devo começar.
...۞...
Quando iam me colocando na cela, pedi para falar com o delegado, "quer confessar?" disse o guarda debochando, de seguida me levou para o gabinete do delegado.
- Desculpa delegado, mas parece que o assassino de quinze quer trocar uma palavra com você.
- Já foi provado que ele é o assassino? - Perguntou o delegado.
- Não há nada que provar, as evidencias são claras. - Falou o policial.
- Me deixe com ele, e pode ir. - Disse o delegado abrindo um envelope sobre a sua mesa.
- Vamos recomeçar, qual é o seu nome? - Perguntou.
- Mark Holder. - Falei.
- Mark Holder, filho de Joseph e Crish Holder, foi morto com sua família a 17 anos, então pergunto novamente, qual é o seu nome?
Eu não sabia o que responder, esse nome era a única coisa que eu lembrava.
- D - Delegado, se Mark Holder não é meu nome, estão quem sou eu?
- Não sei, me diga você.
- Eu queria muito poder ajudar, mas não me lembro. Delegado o senhor é o único que acredita em mim...
- Eu não acredito e nem deixo de acreditar em você, somente quero fazer o meu trabalho, pegar o verdadeiro assassino. - Falou me interrompendo.
- Apesar de eu poder ser o assassino que você procura, vou ajudar a descobrir o que aconteceu naquela noite, naquele deposito.
- E como pretende fazer isso? - Perguntou. - Seria mais fácil se você lembrasse de tudo.
- Não, não me lembro ainda, mas sei donde o senhor pode começar. O advogado que eu tenho apareceu aqui do nada, falou que era um velho amigo meu, e que estava disposto a me defender. Me Chamou de Mark Holder, se esse não é meu nome, então de onde esse advogado me conhece?
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O assassino (conto)
Short StoryO que aconteceria se você não lembra-se de nada ao se deparar com quinze corpos esfaqueados em sua volta e uma faca ensanguentada em sua mão. Existirá uma outra pessoa querendo fazer com que ele seja condenado? - Ou será "Mark Holder" realmente o...