Beatrice
Acordei cheia de dor de cabeça e quando enfim abri os olhos, me vi num quarto desconhecido, era luxuoso e neutro, não tinha nada que me ajudasse a saber de quem era, então presumi que fosse um quarto de hóspedes, olhei por baixo das cobertas olhando se ainda tinha algo cobrindo minhas partes íntimas, vai que eu dei a louca ontem e fiz algo que depois eu vá me arrepender, felizmente ainda estava com a minha lingerie, tentei reviver as minhas memórias de ontem, mas a noite passada parecia um branco, o único resultado foi mais dor de cabeça, então desisti de tentar me lembrar me concentrando no agora.
Em cima da mesa de cabeceira tinha um copo de água com um remédio, presumi que aquilo era pra minha dor de cabeça então tomei sem água mesmo. Sai da cama, peguei o meu vestido na poltrona, vesti, peguei meus saltos e a minha bolsa. Com menor barulho possível sai andando no biquinho dos pés para tentar encontrar a saída. Caminhei por corredores e corredores, nada era familiar, então eu não deveria conhecer quem me ajudou a chegar aqui. A casa ou a mansão, não sei bem mas, aquilo parecia um labirinto, tive sorte de encontrar uma janela pra conseguir me localizar e quando enfim encontrei a saída corri como se não houvesse amanhã.
Já fora da mansão desconhecida, peguei meu celular e chamei um táxi. Agora eu teria um problema muito maior para cuidar e ainda que eu não estivesse totalmente acordada, sabia que papai estaria me esperando, só que eu não sabia que explicação ia dar ao meu pai, o que eu poderia dizer?
Hey pai, desculpa estar chegando agora é que eu acordei na casa de um desconhecido depois de ter me embebedado na casa da Julie que a propósito seus pais nem estavam lá.
Acho que não.
Meu pai surtaria só de saber que dormi na casa de um desconhecido. O que me intrigou mais, foi não saber quem seria o desconhecido e porque ele me levou pra sua casa? Bem... De qualquer das maneiras acho que nunca vou saber, era nessas horas que eu simplesmente pensava o que eu tinha na cabeça pra beber desse tanto, mas eu sabia que se houvesse uma festa amanhã, eu iria beber até esquecer do meu nome, como ontem. Encher a cara é a minha maneira de esquecer meus problemas o que não são poucos e eu sei que existe várias jeitos de esquecer dos problemas sem precisar do álcool, mas ás vezes meus pés estão simplesmente cansados de procurar esse jeito, e é tão mais fácil quando eu pego um atalho, beber era como a minha válvula de escape.
Entrei em casa tentando não fazer barulho, pois eu ainda rezava para que meu pai nem tivesse dado por minha falta, mas em vão porque assim que pus os meus pés em casa ouvi a voz do meu pai, suave e preocupada.
— Onde estava Beatrice Connor?— perguntou ele vindo até mim.
— Dormi na casa de uma amiga — menti pedindo internamente que ele não insistisse nesse assunto.
— Ta de ressaca não é? — disse meu pai que me fez pensar na hora.
Ta tão na cara assim?
— Ahh Trice, sabe bem que odeio que faça isso — disse meu pai daquele modo mais amigável.
— Eu sei, desculpa pai — o abracei.
— O diretor ligou — avisou e eu me desvencilhei de seu abraço.
— Pai, por favor agora não, minha cabeça está explodindo — disse exagerando um pouco. O remédio já estava surtindo efeito, mas eu realmente não estava com vontade de falar da escola, ou das minhas notas, ou até mesmo do meu futuro que no momento eu ainda estava num impasse.
— Tabom, tabom, mas nós ainda vamos conversar sobre isso — avisou e eu apenas assenti — agora vai tomar um banho que a sua cara ta horrível.
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Entre Ele e Eu - Livro 1 (AMOSTRA)
Teen Fiction[ESTE TEM DOIS SPIN OFF] Beatrice Connor, a vadia do colégio mais requerida em festas, a líder de torcida mais gata, mas e por dentro? O que Beatrice escondia por trás dos sorrisos falsos? Será que ela tinha um coração puro ou um coração podre de ód...