Cap.1

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Não me considero vítima de nada, apenas fiz escolhas erradas que trouxeram consequências no qual eu aceitei.
Aos vinte anos de idade eu me apaixonei por um garoto do curso, sabe quando você acha que encontrou o amor da sua vida? Pois, fiz aquele velho papel de novinha emocionada, achei que era amor e era só fogo no rabo.
O nome do cara é ou era Mateus  Brandão, tinha vinte anos, era aqueles playbozinhos que não gostava de estudar, e eu a otaria que acreditou no primeiro papinho.
Meus pais não era lá aqueles pais, digamos que eles não tinhamos uma convivência tão boa, eu era apenas um fardo pra eles, minha mãe mau ficava em casa, meu pai pela mesma forma, então quando o sapo que eu achava que era um príncipe me fez a linda proposta de fugir de casa, oque vocês acham que a ogra aqui fez? Aceitou, fez as malinhas e pulou a janela, rumo a felicidade.
Era dezembro e eu já tinha feito as provas e sabia o resultado.
Então, pelo menos uma coisa de bom.
Mateus comprou uma casa, vocês acreditam? Sim, ele tinha dinheiro, a família dele aparência na internet sempre, o pai dele era dono de uma marca de carros.
Mas isso não me importava, eu amava somente ele.
Há! não era mais virgem, perdi minha virgindade com ele.
Com dois meses morando juntos, eu comecei a notar umas diferenças nele, chegava tarde em casa, ficava nervoso com besteira. Eu sempre fui o tipo de pessoa grossa, na minha, então se ele não queria conversar sobre oque estava deixando ele mau, eu não insistia.
Aqueles velhos sintomas começaram aparecer, e eu nunca fui burra, sabia muito bem oque estava se passando comigo. Então, quando fiz um teste de farmácia tive a plena certeza, vocês acham que fiquei triste? Oh Deus, mais feliz impossível. Tinha um dinheiro guardado então fiz aquela coisa clichê, comprei sapatinhos brancos, caixinha e tudo que tem direito.

- Você demorou, tenho um presente pra você.

Sair correndo pelo quarto e peguei a caixa, voltei pra sala e lá estava ele, Jogado no sofá com as mãos na cabeça.

- Toma, abre.

Mateus:Precisamos conversar.

- Abre logo amor...

Ele suspirou e abriu, esperei a reação, mas ele ficou em silêncio.

-Fala alguma coisa, você não gostou?_
Fiquei apreensiva, fiquei nervosa.

Mateus:Como deixamos isso acontecer?

-Ué! Transando sem camisinha,você gozando dentro. Quer que eu te explique mais alguma coisa?

Mateus:Sem gracinhas, isso é sério.

O silêncio estava me matando, ele não dizia nada.

-Você não gostou ?_Eu já chorava.

Mateus:Maria, e u não posso, não era pra isso ter acontecido. Somos jovens, você só tem vinte anos.

-O problema é minha idade? Você tem a mesma idade que eu. Eu vou amar nosso filho,vamos ser uma família.

Mateus:Maria, entenda.Eu não posso, eu tô indo pro Estados Unidos estudar medicina. Não era pra ser dessa forma, era só uma aventura, eu só tenho mais um mês aqui no Brasil.

-Como assim um mês? E eu ? Como eu fico?

Mateus:Maria, era só uma aventura. Só você voltar pra casa dos seus pais e estar tudo bem.

-Você não me ama?_ o desespero já me consumia.-Você vai me deixar?

Mateus:Maria, você é especial, tudo aconteceu muito rápido. Se você quiser eu posso te ajudar a da um jeito nisso.

Nesse momento meu mundo parou, sentir meu corpo queimar de raiva.

- Eu sou otaria mesmo né? De acreditar que você me amava, de achar que você ficaria comigo.

Ele andava de um lado pro outro, eu chorava sentada no sofá.

Mateus:Oque você pretende fazer? Eu posso te ajudar, meu pai deve conhecer alguma clínica segura pra da um jeito nisso.

- Eu não vou tirar meu filho, eu não vou voltar pra casa.Você pode ir pro inferno, e esquece que eu existo.

Mateus:Maria, não complica as coisas, você não tem pra onde ir, eu não vou ficar aqui. Meus pais não pode saber de uma coisa dessas, então vamos nos ajudar.

-Vai se foder seu otário. Eu não preciso do seu dinheiro, eu não quero a sua ajuda nem ajuda dos seus pais. Vou sair da sua casa, você não precisa se preocupar com a gente.

Mateus:Maria, para de drama, você que sabe da sua vida, estou tentando te ajudar. A casa está no seu nome, tudo pago você nunca vai precisar se preocupar com nada. Mas eu não vou estar aqui, você não vai poder contar comigo.

Sabe quando bate aquele arrependimento, quando você vê a merda que fez na vida, pois é tudo que sentir.

-Já acabou? Já pode sumir, já pode esquecer que eu existo, já pode ir pro inferno, você e seus pais.

Ele tentou se aproximar de mim, mas me afastei, estava com nojo dele.

Mateus:Me desculpa, eu não queria ter causado esse transtorno na sua vida.

- Sua voz tá me enjoado, meu filho tá querendo vomitar na sua cara, da pra você sair da minha casa?

Ele parou e me olhou por alguns segundos, logo depois pegou a chave do carro e celular em cima da mesa e saiu batendo a porta.

Se eu chorei ? Muito, achei que não ia respirar, a dor me consumia. Não tinha amigos por perto, não conhecia ninguém. Era só eu e meu bebê.

Me chamo Maria Viana Soares.

Maria Onde histórias criam vida. Descubra agora