Maria

Cap.23

Marcelo ☆

Fiz uma viagem para resolver algumas coisas que estavam pendentes.
Mas a vontade de voltar pra perto daquela mulher era  nítida, estava em estado de nervos, a ponto de explodir.
No meu último dia de viagem, fui almoçar em um restaurante que já conhecia.
Sentei em uma mesa reservada e logo fiz meu pedido, no meio tempo fiquei conversando com a Maria.

Logo um garçom trouxe o meu pedido, estava comendo e digitando, quando sentir alguém parar na minha frente. Levantei as vistas devagar e me estressei ao vê de quem se tratava.

- Oque você quer?

Clara:Oi amor, te procurei no Rio de Janeiro mas não te achei, mas como dizem... Um dia as pedras se batem.

- Me poupe por favor.

Clara:Nossa! Está estressado assim por que?

- Porque eu não tenho o tempo todo pra você.

Clara:Ok, vamos lá. Fiquei sabendo que está de relacionamento novo, parabéns.

- Diga oque você quer.

Clara:Af! Você está tão estressado.
Então...Lembra quando nos conhecemos?
Óbvio que você lembra, mas antes de mim você tinha uma garota.

- Não estou afim de lembrar de nada, até por que o passado não me interessa.

Clara:Ah mais vai te interessar, e muito.

- Chega, não tenho paciência para suas palhaçadas. Supera de uma vez Clara, se poupa desse papelão e me poupa também.

Clara:Nossa!!! Que nervosinho. Mas, vou continuar.
Lembra da Vanessa? Aquela que sumiu da sua vida, sem te da uma satisfação.
Eu conheci ela antes de você, ela me falou muito de você. Cada dia me encantava mais, até um dia que ela disse que você não queria filhos, e dias depois ela me contou que estava grávida. Eu como boa amiga aconselhei a ela o mais correto, sumir. Você não ia assumir um bebê naquela época, e ela me ouviu, sumiu sem te dizer nada.

- Não, não pode ser.

Clara: Um dia desses encontrei uma conhecida, e ela me contou que a Vanessa morreu, deixando sua filha, uma menina, a Camila, já tem quinze anos, e ela me pediu seu endereço, eu como sou generosa dei, mas não o seu, da sua namorada.

- Você só pode está de brincadeira, a Vanessa não faria isso.

Clara:Ela fez, e deixou a pirralha pra você, já já ela aparece.

-Você é tão nojenta, tão patética.

Clara:Certo amor, vou indo. Qualquer dia desses a gente se esbarra, estou louca pra conhecer a sua namoradinha.

Assim ela se foi, me deixando paralisado com aquela notícia, que pode ou não ser verdade.
Depois disso não conseguir fazer mais nada, precisava urgentemente achar essa garota.

Liguei pro Weller e contei tudo, primeiro ele riu, depois disse que eu estava fodido, e que seria padrinho da minha filha.
Como eu não sou um cara muito paciente eu desliguei na cara dele, mandei algumas mensagens cancelando meus compromissos aqui, e voltarei por Rio amanhã cedo.

Cheguei no Rio e fui direto pro meu escritório, estava esperando algum resultado da investigação sobre a Vanessa, ao entra na minha sala já tinha uma pasta com a foto de uma garota encima da minha mesa.

Comecei a ler tudo que tinha escrito:

Camila Fernandes Souza, 15 anos.
Filha de Vanessa Fernandes souza.
Pai desconhecido.
Paulista
Mãe faleceu a dois meses de câncer, a órfã mora com a tia que tem 5 filhos.

Não conseguir lê mais nada, liguei pra algumas pessoas de São Paulo e entrei com uma ação um pedido de exame de DNA que será feito imediatamente.

Voltei pra casa da Maria tarde, estava morrendo de saudades, ao encontrar aquela mulher toda tensão se foi, olhei nos olhos dela e meu coração bateu mais rápido, que porra é essa?!
Passamos a noite nos amando, e no dia seguinte fiz questão de passar o dia com ela, fomos na loja dela e logo depois ao shopping.

Maldito shopping, quando encontrei com aquela serpente, eu sabia muito bem qual era a intenção dela quando me abriu aquele sorriso venenoso.
Depois do show que a clara deu, a Maria saiu sem nem olhar pra trás.

Eu fiquei horas parado do mesmo lugar, organizando minha mente.
Decidir ir pra minha casa e deixar a Maria esfriar a cabeça dela, preciso de um banho e ligar pro Weller  pra adiantar as coisas.