Lembrei daquela tarde em especial;
Em que tu confessava o que no teu peito te fazia mal;
Mal sabia eu o que o destino nos reservava, naquela mesma tarde, em que o beijo enfim veio até nósUm turbilhão girando ao nosso redor, o calor rolando solto, os sentimentos fervilhando;
E quem diria, tantos outros como aquele, viriam a terminarHoje a saudade me bateu, tão forte quanto a ressaca
Cada memória juntos por essas paredes, me parecem fantasmas a todo instante;
O frio presente no que já foi um lar, restando apenas paredes vazias e um peito quebradoSei que errei, mas, mesmo sabendo que nunca mais nos veremos ainda tento;
Este filho da Gardênia persiste, lutando por seu raio de Sol, seu motivo pra se levantar todas as manhãsLembrei da última vez que nos vimos, as mesas daquele café, dispostas em perfeita bagunça;
Nós dois e os cappucinos, meu peito em aperto, a culpa consumindo-me;Não sei o mais doloroso, suas lágrimas ou o "Adeus" repentino;
Mesmo sabendo de meu erro, chorei e...ainda choro por ti;Meu raio de Sol, meu retrato do céu
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Midnight Poetry
PoetryTantas madrugadas em claro, o peito aberto ao papel, as palavras fluindo e formando fragmentos de mim, que juntos contam algo mais