Casa

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- Ei acorda! – disse um capanga do homem de preto a Bruna, que acordou assustada.

- Oi o que foi? perguntou a moça com medo e sono.

- O chefe mandou te soltar, e ele falou que se você abrir a boca de onde tava ou sobre qualquer coisa que tem ou aconteceu aqui, seu fim será pior que o de Clara.

A garota confirmou com a cabeça e perguntou a hora, e o homem informou que estava próximo das cinco da manhã. Ele a soltou da jaula e a levou até a saída do galpão. Assim que chegou do lado de fora ela olhou tudo envolta, e não imaginava onde estava, para cada lado que se virava via apenas arvores, ela com medo de os capangas a pegarem novamente começou correr sem parar. Depois de um bom tempo, finalmente ela avistou uma estrada de terra, desacelerou um pouco a corrida, e sem perceber caiu em um buraco que havia próximo da estrada. O buraco era de 3 metros de profundidade, quando teve o impacto com o chão a menina desmaiou.

Um homem que passava por ali com um velho carro ouviu um barulho alto e foi ver o que era, em procura, achou a moça desmaiada, ele rapidamente pegou algumas cordas em seu carro sozinho tirou Bruna do buraco. Ela não era muito pesada então logo ele também a levou até o seu carro. Como ela não tinha acordado ainda, resolveu leva-la ao hospital, mesmo com medo dela morrer ele acelerou, pois o hospital mais próximo ficava a mais de 50 quilômetros.

As sete da manhã Fael foi até o hospital onde Erik estava com sua mãe. Na recepção perguntou qual era o quarto e foi até lá.

- Eae mano tudo bem? – disse Fael ao ver o amigo.

- Ah, bom não tá né, estamos no hospital, mas tô levando – Respondeu o rapaz –

Mas em me fala o que aconteceu lá.

- Cara então, tinha alguma pista que ia pra dentro do cemitério? Questionou Fael.

- Não tinha por quê? Indagou Erik.

- NÃO? Cara então algo ou alguém mudou as pistas.

- Ué, mas como assim? Disse Erik sem entender o que estava acontecendo.

- Cara depois que seu telefone tocou, lemos a pista achada pela Bia, que falava pra entrarmos no cemitério, e lá dentro era de arrepiar, e aconteceu umas coisas muito estranhas. Respondeu Fael.

- Mas a pista que estava na cerca, apontava para o pomar, não pro cemitério. Rebateu Erik preocupado.

- Não tô entendendo mais nada, no cemitério tinha umas velas acesas, e tudo tremeu, o dia virou noite, e o cercado em volta pegou fogo, de verdade não sei como aquilo aconteceu e como estamos vivos.

- Será que não foi coisa do cara que sequestrou meu irmão? – questionou Erik.

- Bom isso eu já não sei, mas se foi, quem pegou seu irmão só pode ter sido o demônio. Respondeu Fael.

- Cara me perdoa mesmo, se eu soubesse que vocês iriam ficar e perigo, jamais teria saído de lá.

- Relaxa mano, você não sabia o que ia acontecer, ninguém esperava por aquilo. Falou Fael consolando o rapaz.

Os dois deram um abraço, e olhando para o corredor Fael viu enfermeiros passando com uma maca, ao ver o semblante da mulher nela disse:

- Bruna! – nesse momento ele soltou o abraço e foi para onde estavam levando a maca.

- Com licença moço, quem é ela? perguntou Fael para um dos enfermeiros ali.

- Então não sabemos, um rapaz que está na recepção ainda disse que achou ela numa estrada rural desmaiada e a trouxe pra cá, mas você já a viu? Respondeu o enfermeiro.

- Já sim, ela é uma de minhas melhores amigas, se chama Bruna. Disse Fael.

- Você consegue passar as informações pessoais dela pra recepção? Questionou o enfermeiro.

- Claro que sim vou lá agora – respondeu Fael indo para a recepção, ele sacou o celular do bolso e ligou para bia.

- Oi amor – disse a moça atendendo o telefone?

- Princesa, traz os documentos da Bruna aqui no hospital agora, acharam-na! Exclamou o rapaz.

- Como assim? Questionou a moça.

- Depois eu explico, só vem rápido.

A garota rapidamente pegou a carteira de Bruna, e em menos de 10 minutos chegou no hospital.

- Tá aqui! Exclamou bia, entregando os documentos para Fael.

Ele sem falar nada os pegou e entregou na recepção.

- Oi, esses documentos são da moça que chegou a pouco. Disse o garoto a recepcionista.

Enquanto ela os digitava, na espera Bia disse a Fael:

- Como ela apareceu?

- O enfermeiro disse que aquele moço que está na porta, a achou em uma estrada de terra desmaiada. – respondeu Fael.

- Mas você ainda não falou com ele? – retrucou Bia.

- Não né, nunca vi ele, apesar de o olhar ser familiar - respondeu o garoto.

A recepcionista então devolveu os documentos e chamou o rapaz dizendo:

- Esses dois são amigos da moça que você achou, se quiser ir eles ficam.

- Ok, mas vou falar com eles antes.

O rapaz chegou perto de Fael e Bia e falou:

- Vocês são os amigos dela?

- Somos sim. Responderam eles.

- Antes de ir queria saber o nome dela, vocês podem dizer?

-Ela se chama Bruna. Disse Fael.

- Nossa que coincidência, ah um tempo atras, tinha uma amiga com esse nome, mas fui forçado a ficar fora. Desse o rapaz com um sorrisinho leve no rosto.

- Como assim obrigado a ficar fora? – questionou Fael.

- Então, a uns anos eu fui sequestrado, no dia do aniversário de uma amiga, e não pude voltar, fiquei trabalhando forçado, peguei confiança dos capangas, e ah um mês e falaram que eu tava livre, mas decidi voltar só hoje. E por coincidência achei ela.

Os dois amigos ficaram com lagrimas no rosto ouvindo isso, e Fael falou:

- Alex?

- Como sabem meu nome? disse o rapaz.

Bia e Fael se olharam e a menina disse:

- Somos nós, Fael e Bia!

Eles começaram a chorar e se abraçara forte.


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⏰ Última atualização: May 18, 2022 ⏰

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