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"Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada

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"Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada."

- Augusto Cury

Lembro-me que assim que completei 11 anos, costumava a fugir para casa de Owen, toda segunda-feira, assim quando o sol começava a se pôr no céu. Owen me esperava na varanda de sua casa e costumávamos a ler até o momento em que minha mãe nota-se minha ausência e viesse me buscar. Lembro-me perfeitamente daquele dia em especial. Naquela tarde de primavera, que tinha cheiro de terra molhada da pós chuva, que eu o encontrei, sentado sob o antigo sofá velho de madeira, havia acabado de voltar de um plantão exaustivo, mas, lembro-me que ,mesmo assim, ele sorriu e me disse essa frase,compartilhando comigo seu amor pela literatura de Augusto Cury. Desde esse dia, essa frase permaneceu gravada em minha mente, mas somente hoje, fui entender seu sentido...

...

Um misto de sensações era o que eu sentia nesse momento. Ainda que, esforçava-me, não tinha forças para abrir os meus olhos, mas, eu podia sentir a sensação de estar à deriva, prostrada sob com a grama fria. Fazendo com que os pelos de minha pele, ao entrarem em contato com frio, se arrepiam. E para meu azar, logo constato que não estava com meu precioso moletom.

''Abra os olhos''

Uma voz, extremamente particular, ecoa em minha mente. E semelhante à uma espécie de domínio, meus olhos abrem sem nenhuma dificuldade. A primeira coisa que observo é a lua sobre céu desalumiado, encantadora como sempre, iluminando à noite no meio da tempestuosa neblina. Naquele momento,de imediato,tinha em mente que não encontrava-me mais em meu quarto, deitada em minha cama, e sim, dentro de um dos meus excêntricos sonhos.

Calmamente, ao me sentar, deparo-me com a peculiar floresta dos sonhos passados , só que, desta vez, encontrava-me em um campo de rosas vermelhas. Notei que estava trajando um vestido preto com detalhes em renda, tomara que caia, com mangas curtas que caiam sob em meus braços. Encantada, passo os dedos pelo tecido contornando e admirando os detalhes.

Um estrondoso uivo ecoa pela floresta, e no mesmo instante, suspendi o que estava fazendo, Não estava sozinha, e isso não era bom. Levo minha mão até o peito e posso sentir meu coração batendo em um ritmo frenético, permaneci imóvel onde estava. Não sabia o que fazer, sentia-me assustada e me apresentava sem muitas opções. Havia uma parte da mim que me mandava fugir,mas, havia uma outra parte que estava cansada de fugir, uma parte que estava cansada desses sonhos.

''Não tenha medo.''

Em um sussurro, a voz ecoa em minha mente novamente, e logo sons de passos podem ser ouvidos atrás de mim. Gelei, naquele momento não tinha poder sobre meu corpo, portanto, permaneci ali, sentada sob a suave e fria grama. No momento em que os passos cessaram trazendo de volta o impiedoso silêncio, fecho meus olhos e faço uma contagem até dez mentalmente. Para só então criar coragem e me virar lentamente, mordendo meu lábio inferior tão forte para controlar meu nervosismo, que logo sinto o gosto metálico de meu sangue.

Sob os Olhos do LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora