I Promise

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Após terminar de me arrumar naquela manhã, eu desci para a cozinha e ajudei a mãe de Namjoon a preparar o café, estilo americano que na verdade parecia mais um almoço. Descobri que eu era o único homem que estava em casa já que os Srs. Kim pai, filho e neto haviam saído juntos. E o que me restou foi estar com sua avó, mãe e irmã e aproveitarmos o tempo para fazer compras e passear no centro turístico da cidade.

O que me leva aonde eu estou agora, sendo um bom chofer para a Hana, minha cunhada.

Hana tinha hoje seus vinte e dois anos, fazia faculdade de gastronomia para seguir os passos de sua avó, mora sozinha e bla bla bla.

- a Jin deixa de ser chato, esses ombros largos ai aguenta muito peso, bebe chorão. - ja basta o peso de carregar a beleza do mundo.

Não podemos esquecer também a falta de respeito que virou costumeira entre nós.

- não sei por que eu ainda aceito ir no shopping com você, só sirvo pra ser chofer e ainda sou maltratado. - eu podia estar fazendo birra que nem um garotinho mimado de oito anos, mas nada nega a verdade.

- desde quando você e o Jonnie não transa ? - eu estava sentado em um banco no meio da loja que achei enquanto o menor observava as roupas.

- duas semanas. - respondo sem muita emoção, sentado na poltrona olhando para o chão, que parecia ser mais atrativo do que o rumo desta conversa.

- isso explica o mal humor. - deu risada - se bem que eu passei pela porta de vocês hoje e dava pra tocar a tensão sexual que ta entre os dois.

- presta atenção na porra dessa roupa que já vai escurecer Kim Hana. - forcei o tom da minha voz e fechei a cara encarando-a.

- Senta la Claudia, veio porque quis agora aguente. - rebateu - passiva agressiva!

O auge da minha vida é não ter o respeito de ninguém mesmo.

- Olha a super ativa passando. - debochei - Porque não trouxe a Judy?

Judy era o mais novo caso de Hana, que nunca escondeu seus fetiches por estrangeiras. Bastou uma semana apenas para conquistar sua nova colega de quarto que passou a dividir o apartamento próximo a faculdade. Namjoon era sua fiel ouvidoria sobre casos, namoros, desilusões amorosas e aventuras, porém eu não fui o único a ser ignorado durante esse tempo, e o que restou a Hana foi o querido cunhado.

- Não é porque nós duas dividimos o apartamento, e temos lá nossos momentos mais hard que a gente tem algo sério, logo ela volta pra Califórnia e não quero lidar com relacionamento nenhum, bem dirá a distância, então... - foi rápida em dizer mesmo relutante e curta em suas palavras.

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- Seokjin-ah... - a matriarca da família despertou-me dos meus pensamentos alheios enquanto tomava uma xícara de chá, olhando o horizonte na varanda e recebendo a brisa gelada em meu rosto. Ja era tarde e Namjoon não havia voltado ainda de seja-la o lugar para qual tinha ido pela manhã e isso me apavorava, ele também não respondia minhas mensagens ou atendia minhas ligações. - ele está bem, não se preocupe tanto meu filho. - parou ao meu lado e acariciou meu rosto.

Ser chamado de "filho" pela avó de Namjoon era sinceramente um dos melhores sentimentos que eu possa sentir, já que mesmo sendo apenas namorado de seu neto, ela já sente e me inclui em sua família como seu neto também. Ela me aceitava e fazia questão de mostrar a todos quem eu era e evidenciar que era namorado de seu garotinho de ouro.

- eu sei, é que... - meu peito estava apertado e eu sequer conseguia olhar dentro de seus olhos, todos a minha volta parecia saber o que estava acontecendo e e todo o misterioso que os três estavam escondendo, então instantaneamente era como se Nam estive - e estava - me escondendo algo que todos de sua família sabia mesmo eu. Eu abaixava meu olhar para meus dedos inquietos segurando a xícara, depois mirava a vista, mas sempre incerto do que eu realmente estava fazendo ali. - Eu sinto falta de antes vó. - Suspirei.

- O que aflige tanto seu coração meu Príncipe? - sentamos no banco de madeira da varanda, ainda sem forças para olhar aqueles olhos que são idênticos ao dele.

- Pode ser apenas coisa da minha cabeça algumas partes mas... O Jonnie tem estado afastado durante, quase esse mês por inteiro e, eu sinto saudades dele o tempo todo. Depois da faculdade eu passei a ter mais tempo pra mim e para nós, fora o tempo que me dedicava ao trabalho e cuidar de casa... E justo no mês do nosso aniversário ele se afasta e... - em minha cabeça tudo isso era visto como um exagerado drama. Mas por outro lado eu mesmo me dizia que é normal e que eu devo sentir saudades dele a todo momento. Enquanto a chama de nossas almas estiverem queimando, eu sempre serei dele como ele será meu. E por isso que eu me sentia ainda mais triste.

- meu Príncipe, ouça o conselho de uma velha conselheira. Confie em seu Homem, todos os dias é recomeçado um novo ciclo, e uma nova jornada, tanto na vida individual e de casal. Talvez a resposta do que tanto lhe aflige esteja a apenas mais um passo ou algumas horas. A pressa é inimiga da perfeição. - sorriu mostrando suas lindas covinhas, erguendo meu rosto pelo queixo com toda delicadeza, como se eu pudesse quebrar de tão frágil, limpou a lagrima solitária que insistiu em molhar minha bochecha. - o Jonnie lhe ama mais que a própria vida dele, tenha apenas mais um pouco de paciência meu Príncipe, você pode fazer isso pra vó? - perguntou com seu riso sapeca no rosto e eu assenti, concordando com sua pergunta e lhe retribui o sorriso.

- Eu prometo ajhuma.

Fasting • NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora