➳ ᥲᥒᥴh᥆r : Âncora
❝Você me mantém seguro, pois a Âncora é o que mantém o navio fixo em alto mar, independente das corretenzas.❞
Emma Davies teve sua vida mudada completamente aos vinte e quatro anos. Uma garota independente e imprevisível, formada e...
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Sou fotógrafa, quase uma detetive, se for pensar por um lado. Meu trabalho se resume em: descobrir adultérios. É um lance quase que secreto, por conta do perigo de alguns casos. Costumo trabalhar durante os dias, mas em casos "extremos" como este, sou obrigada a fazer no turno da noite.
Suspirei pela milésima vez enquanto caminho pelas ruas escuras de Londres. São exatamente sete e meia da noite e eu estou morrendo de frio. Mas eu preciso chegar logo nessa casa.
Passo as mãos em meus braços cobertos pelo casaco pra aliviar o frio e respiro fundo olhando ao redor. Um tempinho depois e eu finalmente chego na casa. Tiro o envelope azul pastel do bolso, aperto a campainha e saio o mais rápido possível dali.
A porta logo é aberta um tempo depois, quem sai de lá é uma mulher, a mesma que me contratou. Ela olha para os lados e em seguida ao pisar no envelope, pega o mesmo. Logo o abre e eu fecho os meus olhos ao ouvir seu soluço. A rua estava um pouco deserta e eu não estava tão longe, pude ouvi-la chorar, o que me partiu o coração.
- Você me paga, Gregory!
Pude escuta-lá dizer com a voz chorosa e fechar a porta. As fotos que continham naquele envelope, eram pesadas. O marido havia se encontrado com a amante em um dos melhores hotéis daqui. Eu por conhecer o gerente do hotel a frente, acabei conseguindo tirar várias fotos dos dois aos beijos e por conta de estar no quarto bem a frente e da janela ser enorme, consegui provas concretas do adultério.
Suspirei sentindo pena daquela mulher e sai de trás da árvore voltando para a minha casa. Ser traida é algo horrível, eu posso até imaginar devido aos inúmeros casos que vejo.
Tentei me livrar dos meus pensamentos e pensar que mais um trabalho havia sido concluído. Ignorei mais uma cena deprimente e caminhei no sentindo contrário, em direção a minha casa.
Aumentei um pouco o passo ao senti um arrepio estranho e olhei algumas vezes para trás. Tinha a impressão que estava sendo seguida. Mas não havia ninguém atrás de mim.
Respirei fundo ignorando todo o medo e caminhei o mais rápido que pude. Meus dentes tremiam, mas eu não sabia dizer se era pelo frio ou pelo medo que tomou conta de mim assim que vi um cara parado e encostado no poste em frente a minha casa. Eu optei por ignora-lo e fingir que eu não estava com medo algum.
Caminhei até minha porta e abri a mesma em um piscar de olhos. Entrei e tranquei, suspirei aliviada pois ali eu tinha certeza que estava segura.
Me afastei da porta e tirei meu casaco olhando pela janela, ele ainda estava lá, olhando pra minha casa como se tivesse perdido algo. Eu suspirei negando e liguei a tv, o jornalista falava sem parar sobre assuntos que nunca prendiam minha atenção, pelo menos nunca até ele tocar em um que realmente me deixou apreensiva.
❝ - O traficante conhecido como Danger fugiu da cadeia à dois dias e ainda não foi encontrado. Danger é conhecido como o maior da cidade e também o mais perigoso deles. Está solto pela cidade e as autoridades pedem para que tenham cuidado...❞
Eu estava com tanto medo do cara em frente a minha casa que comecei a pensar que talvez aquele fosse o tal Danger.
Respirei fundo, peguei meu celular e digitei o número da polícia por precaução. Se aquele cara tentasse algo, eu chamaria a polícia. Infelizmente, essa era a minha única defesa.