Capítulo 1

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Olá, meu nome é Isabela, minha mãe quis homenagear minha avó que se chama Isa, por isso tenho esse nome (graças a Deus, pois amo aquela velha). Infelizmente nunca conheci meus pais, só sei um pouco pelas histórias que vovó conta (ela adora contar histórias).

Sei que o nome de mamãe é Evangeline, e de papai Ray, vovó colocou esse nome em minha mãe porque sempre achou que fosse nome de estrela.


Vou contar o motivo de não conhecer meus pais: o Ray sofria com uma depressão muito grave, meus pais começaram a namorar aos 15, e aos 21 minha mãe engravidou, quando foi contar ao meu pai sobre a notícia, era tarde demais, ele tinha cometido suicídio, acharam o corpo boiando e sem vida na praia, ele tinha pulado do penhasco. Foi um processo muito difícil para mamãe, com a perda, ela começou a ter surtos em casa, e isso complicou a gravidez, todo mês ela ia ao hospital por causa de um surto, e não podia tomar os medicamentos necessários porque eram pesados, e ela estava grávida. Na semana que eu nasci foi os piores dias, porque ela tentou tirar a própria vida, foi levada as pressas, e os médicos conseguiram salvar a vida dela, porém ela tinha crises de choro quase o tempo todo, na sexta-feira do dia 13, eu nasci, e na hora do parto, minha mãe teve seu pior surto, ela começou a convulsionar e a chorar, consegui sair da barriga dela, porém a convulsão fez com que tivesse um sangramento muito forte, e ela acabou não resistindo, vovó me contou que antes dela apagar de vez, ela me olhou nos braços do médico e sorriu, por fim descansou.

Vovó me fez bonecos iguais aos meus pais, e ela brincava comigo, dizia que os grandes espíritos da floresta conduziram as almas para um lugar calmo e bom, mas ela falava também que não era todo mundo que iria pra lá, dizia que os seres de coração ruim, com más intenções, passava a eternidade em um lugar feio e sujo.

Com 6 anos vovó começou a me contar histórias sobre a vida, sempre me ensinou a respeitar todo tipo de vida, isso vai desde uma cabra, até uma flor murcha, dizia que a natureza falava, era só parar para ouvir, que o mar tinha seus segredos, que só devo temer ao ser humano, porque a maldade mora dentro do coração deles. Uma vez, ela leu um livro sobre uma menina que para salvar sua vida, teve que se conecta com a única coisa viva e pura, a floresta.

  Por conta de toda maldade humana, moramos dentro da floresta, não muito afastado, porque precisávamos ir ao centro comprar mantimentos, e eu frequentava a escola

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Por conta de toda maldade humana, moramos dentro da floresta, não muito afastado, porque precisávamos ir ao centro comprar mantimentos, e eu frequentava a escola. Vovó sempre teve muito dinheiro, mas morávamos em um chalé, bem simples, ela me contava que dinheiro mata primeiro a árvore, depois o ser humano, por isso n devemos ser ambiciosos e usar quando realmente precisamos.

  Certo dia, quando fui brincar na praia, a onda acabou levando uma flor que estava carregando desde cedo para plantar no jardim de casa, tinha 8 anos quando isso aconteceu, sem pensar eu entrei na água, quando peguei a florzinha, já estava longe ...

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Certo dia, quando fui brincar na praia, a onda acabou levando uma flor que estava carregando desde cedo para plantar no jardim de casa, tinha 8 anos quando isso aconteceu, sem pensar eu entrei na água, quando peguei a florzinha, já estava longe demais, a onda começou a me puxar, lembro de ouvir vovó me gritar, e do nada eu afundei. Quando acordei estava na terra com umas velas acesas ao meu redor, vovó disse que pediu ao grande espirito do mar para que me devolvesse, o mar então me analisou, viu que era uma criança pura, me devolveu a terra, porém acabei adquirindo dons, como falar com os animais aquáticos e respirar em baixo d'água por 30 minutos. Entretanto, nunca pude contar isso a ninguém, porque iriam me achar estranha e maluca, e eu não teria amigos.

The Drop Of HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora