Prólogo

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Antes de mais nada, se alguém ler, só quero deixar claro que isso é só ficção, comédia. Eu sou camren shipper, OT5, não tenho intenção de ofender ninguém então não me odeiem. Senso de humor é tudo meu amores.


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8 de julho de 2018

- Lula livre! Lula livre! Lula livre! Lula livre! Lula Livre!

Cartazes, bandeiras e gritos de protestos. Era dia de manifestação em todo o país e a grande Avenida Paulista levava um "mar vermelho" consigo. A multidão ensandecida clamava a plenos pulmões pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Camila Cabello, jovem de 20 anos, estudante da USP no curso de Música não estaria em outro lugar senão ali.

- Mila, eu preciso ir. - a moça de porte mediano, cabelos castanhos ondulados, e lindos olhos azuis falou alto para que a outra lhe ouvisse em meio aos gritos.

- Como assim, Bruna? Só chegamos há uma hora. - Camila falou abaixando imediatamente seu cartaz para dar atenção a namorada.

Camila e Bruna namoravam há pouco mais de um ano. As duas se conheceram em mais uma das diversas noites em que Camila costumava cantar e tocar em um barzinho decadente próximo a famosa rua Augusta. A futura cineasta se encantou com a garota de traços latinos desde a primeira vez em que a viu em cima do palco, cantando uma de sua músicas autorais e recebendo o total de zero atenção do público ali presente, a não ser do grupo reunido ao redor de uma mesa que balançavam os bracos ao alto seguindo o ritmo lento da melodia, aparentemente amigos da aspirante a cantora.

Bruna acompanhou a moça encantadora de longe a noite toda, até o momento em que a viu indo embora com seu violão nas costas junto ao grupo que estava anteriormente na mesa. Enfim, tomou coragem e correu em direção a garota lhe oferencendo uma bebida, que aceitou e a duas engataram uma conversa até altas horas da noite. A partir dali Camila e Bruna não perderam mais contato, principalmente porque descobriram que estudavam na mesma instituição. Voltando ao momento atual...

- Não! chegamos há três horas. E eu tenho um trabalho da faculdade para fazer. - Bruna falou.

- Que trabalho da faculdade? - perguntou confusa ainda com tom de voz elevado.

- O roteiro. Eu tinha te falado, não?

- Sim...há um mês. Quando é a entrega?

- Amanhã.

- E em que parte você está, Bruna?

- No começo. Eu realmente preciso ir, amor. Amanhã nos falamos. - não esperou a resposta da namorada, lhe deu um selinho e sumiu em meio a multidão.

- Hey, cadê a Linzmeyer? - uma loira esbaforida correu até Camila.

- Teve que ir. Tinha um trabalho da faculdade para terminar...começar...enfim.

- Que merda. Ela nunca fica até o final das manifestações. Daqui a pouco vira bolsominian. - riu.

- Aah Dinah você é tão engraçada
Eu tenho alergia a bolsominion. No dia que eu ao menos for amiga de um, você pode me internar. - gargalhou.

- Sei. Vamos logo, a galera já está lá na frente.

- Claro. - a latina voltou a erguer seu cartaz e gritar Lula livre!

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Bem distante dali no lar de um cidadão de bem qualquer...


- Eu sou robô do Bolsonaro.

- Corta!

Naquele momento, Lauren Jauregui, eleitora fiel de Jair Bolsonaro, vota 17, cidadã de bem e também estudante da USP, porém do curso de Direito estava na sua "humilde" casa no bairro de Vila Mariana reunida com amigos, fazendo o que fazia de melhor: manifestar sua opinião política.

- Corta? Como assim corta, querida? Isso não é um filme, Lauren, e se fosse você não seria a diretora. - o homem falou com seu jeito afeminado de sempre.

- Cala a boca, Matthew. Quanto mais você fala, mais você respira e quanto mais você respira, mais eu fico com falta de ar. - a morena disse saindo detrás do tripé com uma câmera que estava apontada para seu amigo Matthew.

- Olha aqui sua...

- Gente, se vocês continuarem brigando não terminamos isso hoje. - exclamou a garota baixinha de cabelos loiros.

- Eu concordo com a Ally. Vocês tem que acalmar os ânimos.

- Eu até tento, Shawn, mas olha esse cara. Ele não tem expressão facial! - Lauren disse indignada.

- Pra quê expressão facial, mona? Eu sou um robô. - o homem de nariz avantajado subiu um o tom de voz para se sobrepor a de olhos verdes.

- Matthew, você precisa sorrir. Pensa no mito, pensa no 17. - incentivou Shawn.

- Pensar no mito, pensar no 17, pensar no mito, pensar no 17. - Matthew repetia para si mesmo.

- Ok. Chega! O Matias fica por último. Shawn, você começa, depois a Ally, eu e...cadê o Brad hein? Já era para ele ter chegado. - perguntou já pegando o iPhone X para ligar para o namorado.

- Oi Laur. - a voz masculina soou do outro lado da linha.

- Onde você está? Precisamos gravar ainda hoje. Você disse que estava saindo de casa há uma hora.

- Desculpa, amor. É que está tendo manifestação pró Lula na Paulista e estão dispersando para todos os lados. O trânsito está horrível.

- Aarrg que ódio desse povo burro que apoia ladrão.

- É, eu te entendo. Mas isso vai mudar amor, afinal, melhor Jair se acostumando né? - riu sendo acompanhado pela namorada. - Eu tenho que ir, te vejo mais tarde. Tchau bebê. - desligou.

- Então, vamos tentar de novo? - Lauren perguntou para os amigos e sem esperar a respota voltou a operar a câmera. - E luz, câmera, ação!




A Petista e a Bolsominian Onde histórias criam vida. Descubra agora