Our Family.

Are You Playing With My Feelings?

Mais uma manhã se passou, junto com muitos pensamentos na mente de Abbacchio, principalmente sobre seu querido capo.
Ele falava consigo mesmo, refletindo sobre seus sentimentos e decisões futuras, se iria pedi-lo em namoro ou não. Eram perguntas difíceis de se fazer, mas até mesmo Bruno sabia que o mais alto havia algo no fundo de sua garganta que não deixava sair, mas o moreno queria fazer ele soltar essa tal coisa. "Eu te amo, Bruno" era só isso. Só isso que ele desejava ouvir, mais que tudo.

Buccelatti se direciona direto para a cozinha ao acordar, esfregava seus olhos cansados com suas finas e morenas mãos, soltando um bocejo tímido, mesmo só tendo ele acordado à aquela hora. O mesmo se preparou para começar a fazer o café da manhã, o seu e de todo seu grupo, carinhosamente chamado de "Bucci Gang".
Bruno preparou toda a comida e o café, ouvindo músicas calmas em seus fones sem fio, podendo, assim, cozinhar com calma e harmonia. Era a única hora do dia que ele poderia fazer isso.

Não demora muito para que a atmosfera tranquila seja quebrada pelos fortes e pesados passos de Narancia, entrando com tudo na cozinha.

-Papaaaai! Tô com fome!

Bruno o olha, sorrindo e dá para ele um dos biscoitos que havia assado noite passada, acariciando sua bochecha docemente.

-Sabe se o Leone já acordou?

Narancia pensa por um tempo, logo nega com a cabeça, por estar de boca cheia.
O Capo suspira, saindo da cozinha e se direciona para o quarto dele, que o dividia com o mais velho. Ele entra, já com uma mania de não bater na porta.

-Leone? Está tudo bem?

Pergunta o menor, mas não avista ninguém, até que ele resolve checar no banheiro da suíte, se deparando com uma cena que nunca esperava ver.

O maior, sentado na tampa do vaso, gemia levemente e tocava seu membro, que Buccelatti havia se espantado com o grande tamanho do mesmo. Ele não poderia atrapalhar, mas também não desejava parar de olhar.
Abbacchio era lindo aos olhos de Bruno, como um Deus grego, esculpido com a maior delicadeza e perfeição por anjos. Ele viajava em seus pensamentos, com o olhar fixado no membro do mais velho, o olhando por uma brecha da porta.
Leone gemia e arfava de prazer, movimentando sua mão rapidamente e tendo o pensamento de seu capo para o atiçar a continuar, gemendo o nome do mesmo em completo prazer.
Bruno se assusta com o maior gemendo seu nome, mas não reclama, por estar aproveitando o máximo da cena e parecia que seu membro também estava.

O Capo não sabia o que fazer quando sentiu uma dura elevação em sua calça, não sabia se a deixava lá ou se a tocava, mas de uma coisa que tinha certeza, ele não queria parar de olhar para Abbacchio. Minutos se passaram até que o maior finalmente chegou ao ápice em sua mão, soltando um gemido rouco e falho ao fazer o mesmo, em completo prazer. O rosto de Leone fica corado e completamente vermelho quando ele olha Bruno pela brecha da porta, o observando.

O moreno não sabia como reagir, estava congelado, em choque e apavorado de Leone, pensando que o maior fosse fazer algo ruim com ele por isso.

-C-capo... O que você está fazendo?...

Bruno gaguejava para responder, tímido e com a voz trêmula.

-E-eu!? N-nada! Não é nada, s-só vim avisar que o café já está na mesa...

Estava óbvio que seu Capo estava mentindo, mas Abbacchio apenas deixou passar, sorrindo nervoso ao levantar a calça e a sair do banheiro, correndo para fora do quarto, completamente envergonhado.

-oi, Abbacchio! Que cara é essa, mano? Tá parecendo um tomate

Mista pergunta, com um sorrisinho malicioso no rosto, já sabendo o que houve. Leone apenas ignora sua pergunta e pega sua xícara de café, se dirigindo para sala e se sentando no sofá, em seu canto. Bruno não aceitava vê-lo assim, só queria poder abraçá-lo com força naquela hora, mas seria estranho para o mais velho, então o moreno apenas se sentou ao lado dele no sofá, calado.

O clima ficou pesado e constrangedor quando ele sentou ao lado do maior, batendo seu pé no chão com rapidez pelo nervosismo, tomando coragem para dizer algo para ele. Uma desculpa, um esclarecimento ou até uma declaração estaria ótimo para Abbacchio, ele amava seu Capo de verdade e só queria que ele sentisse o mesmo, queria que seus sentimentos fossem recíprocos.

-Olha, Abbacchio... Me perdoe por antes lá no banheiro, eu não sei o que deu em mim, mas... Eu n conseguia parar de assistir aquilo, desculpe se isso soa estranho para você.

Leone apenas aceitou aquilo e seguiu seu coração. Já não aguentava mais a forte dor no peito, ele precisava falar.
Era agora ou nunca

-Bruno, está tudo bem. Eu nunca disse isso, mas...

Ele engoliu sua saliva, seco, buscando as palavras certas.

-Eu sempre te amei, desde a época que você me tirou daquele fim de mundo e virou a luz de minha vida... Eu só quero passar o resto de minha vida com você e espero que sinta o mesmo

Buccellati ouviu tudo de boca aberta, chocado com sua declaração, mas não tão surpreso assim.
Ele sempre suspeitou, o capo conseguia ver em seus olhos o mais puro sentimento que ele sentia pelo mesmo.

-Leone... Eu sinto o mesmo e também quero ser apenas seu... Me desculpe se nunca disse isso antes, eu nem sabia se você era gay ou não... Sinto muito por te fazer esperar tanto.

Ambos se abraçaram, um forte e carinhoso aperto, ambos conseguindo sentir os batimentos cardíacos do outro.
Era uma sensação inesquecível e era o que o policial mais queria naquele momento, mas o mesmo não se contentou apenas com um abraço.

-Sr. Buccellati, o que acha de dar uma passada em meu quarto mais tarde?

-Eu adoraria, Leone...~

Continua. . .

Author's note

Ehh... Foi mal pela espera do kct, mas aí está! Acabei voltando pra escola e estou tendo menos tempo de escrever, mas tbm vou atualizar minha outra fanfic, a de jotakak, logo!