"Halmeoni?" Jeongguk entrou no quarto da casa pouco frequentada onde vivia sua avó e sua tia.
A senhora olhou para o garoto; seus olhos brilhavam, mas não se molhavam de lembranças. "Você tem olhos bonitos", era o que ela dizia todas as vezes que Jeongguk a visitava.
"A senhora também", disse num tom baixo e sentou-se ao seu lado.
"Parece perdido, querido", a voz fraca soltou. "Mas há uma direção que pode tomar, Jeongguk-ssi."
O olhar do acastanhado subiu para a sua senhora; ela havia dito seu nome.
"Você..."
"De tudo esquecerei em pouco, mas há algo que preciso que se lembre", disse entre um sorriso. "Você tem buscado no lugar errado; quando não se vê pela superfície, aprofunda-se."
"Eu não entendo, avó."
"Um baú é mais fundo do que podemos ver, graças às caixas que armazena."
"O que isso quer dizer?"
"Você tem olhos bonitos", ela disse, e Jeongguk suspirou antes de responder mais uma vez: "A senhora também."