Capítulo 4

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PDV. CLÉO
R

eservaLR_Souza


Ri na cara do perigo.

Eu literalmente olhei pra morte e falei "Vamo da um rolê?".

Meu Deus, o que eu fiz da minha vida?

Tanta coisa que eu ainda não vivi, tanto homem ainda pra pegar e eu fico afrontando a morte.

Mais que morte bonita do caralho até a calcinha molho.

Botaram alguma coisa na minha bebida só pode, como assim tô achando Cruel bonito?

Bonito não gostoso.

- Você é doida caralho - começo a rir sozinha no meio do beco.

Quando chego na minha casa o morro já estava começando a perder o movimento, aqui é sempre assim o dia pode estar maravilhoso como for, mas sempre vai ter algo pra atrapalhar.

E eu nem posso escolher o boy pra ver essa lindeza que é minha calcinha de renda.

O mundo não é mais o mesmo.

Entro dentro de casa e vou direto pro quarto tomar um banho, amanhã tem trabalho.

PDV. GIL

Procurei aquela peste em tudo que é lugar até no beco das fodas e nada dá maluca.

Qualquer dia desse ainda deixo aquela porra morrer.

- Da qual foi Gil?- Cruel está sentado na porta da boca fumando um.

- Só tô procurando uma mina - ele abre um sorriso e deixa a fumaça ir.

- Se for uma morena de cabelo curto cacheado com uma tatuagem na mão, ela já deve tá em casa uma hora dessa - confirmo com a cabeça.

Nem sei porque peço pra ela ficar se ela nunca fica, Cléo tem um problema sério em obedecer ordens.

Se você mandar ela fazer algo pode ter certeza que ela vai fazer totalmente ao contrário.

Mais que é gostoso ver ela te afrontar é!

Vavá coitado vive atrás dela pra cima e pra baixo, querendo dar dinheiro como se ela fosse sua amante ou uma puta qualquer que ele estaciona o carro e ela entra.

Fui pra minha casa, afinal tenho que dar uma dura nela, fiquei preocupado, vai e a porra morre?

Quem vai comprar sorvete pra mim?

Acordei de manhã logo me arrumei, tomei um café rápido e fui pra casa de Cléo, entrei sem fazer barulho e fui pra cozinha fazer um café rápido pra ela.

Ela tem uma mania ridícula de deixar a chave em baixo do vaso.

Se conheço bem ela com certeza vai sair atrasada e nem vai comer.

Somos amigos mas isso não quer dizer que eu não tenha sentido vontade de comer ela, acima de tudo respeito ela como amiga e principalmente irmã.

Mas fica difícil quando ela me convida pra assistir um filme e desfila na minha frente de calcinha e minhas blusas.

Sou cego não.

Mais uma hora ela vai cansar de ficar de pé e vai acabar sentando.

- Caralho tô atrasada. - escuto uma correria.

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