O jantar

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-Jimin? – fracas batidas ecoaram no quarto, mas nenhuma resposta veio de dentro. Com os dedos delicados, a mulher abriu, cuidadosamente, a porta de madeira sépia, colocando apenas a cabeça para o interior.

– Filho?- observou todo o cômodo, passando os olhos desde a parede direita branca com uma porção de pôsteres, a cama arrumada de colchas azul-petróleo no centro do quarto, ao extremo canto esquerdo, onde sua prole ressonava, com a cabeça apoiada ao teclado de luzes coloridas e a tela do notebook com um enorme “game over” centralizado.

Com parte de trás da mão direita, Jisoo acariciou suavemente a cabeleira rósea de seu filhote, fazendo-o despertar aos poucos. Com os olhinhos miúdos entreabertos, bem como pesados, pelo sono recém-findado, o mais jovem leva algum tempo a se localizar. –Bom dia, Omma- a voz rouquinha chegou como música aos ouvidos da mãe.

-Bebê, você precisa tomar um banho e se trocar, estamos quase atrasados – ralhou, transitando de uma beta totalmente apaixonada pela doçura do filhote á uma onça enfurecida, tanto pelo esquecimento de Jimin perante um evento importante, quanto pela culpa em estarem começando a ultrapassar o horário estipulados por sua mãe, Hyuna.

Sob o olhar confuso do outro, explicou com certa impaciência – O jantar que sua avó marcou para nos apresentar ao “desconhecido” que ela tanto fala- revirou os olhos. Era muito ciumenta em relação ao filho e a mãe, como também odiava saber que a mais velha havia encontrado alguém e ela própria não. Poxa, sua mãe não estava mais na flor da idade.

Vendo que outro ainda não havia se mexido, Jisoo fala – Vai logo, Jimin. Vou deixar suas roupas na cama – antes de sair pela porta, deu um tapinha fraco na nuca do mesmo, este que colocou a mão no local ardido e fez uma caretinha fofa de dor.

Logo, Jimin já estava tirando sua roupa de dormir, como também adentrava o box transparente. A água amornada despertou-o mais, retirando os resquícios de sono e inchaço em seu rosto. Poucos minutos mais tarde pegou a toalha branca, enrolando-a em sua cintura estreita enquanto caminha, secando o cabelo com uma toalha menor, até sua cama.

Em cima da colcha, estava uma calça jeans negra como a noite sem lua, com alguns rasgos próximos ao joelho; uma camiseta branca com um pequeno desenho no lado esquerdo do peito; uma camisa jeans azul, para aquecer-lhe do friozinho do outono; e, aos pés da cama, o seu amado par de coturnos pretos. Para complementar, abriu a porta de seu guarda-roupa, e escolheu a sua peça favorita, uma meia calça estilo arrastão. Não tardou muito a vestir-se, indo até o grande espelho embutido no guarda-roupa, bagunçando os fios, dando a si um visual despojado. (roupa baepsae)

Ouviu o vibrar de seu celular, logo pegando o mesmo que “descansava” na escrivaninha ao lado da cama. Na tela, viu o nome de sua halmeoni, então desbloqueou-o rapidamente para ver do que se tratava.

19:04 [Best halmeoni ❤] Mochi, não se esqueça de trazer aquela caixinha que você tem, aquela chique que toca música.
19:07 [Best halmeoni ❤] E venha produzido, tenho alguém a apresentar para sua mãe e duas surpresas para você. ❤❤
19:29 [Best halmeoni ❤] Por quê vocês estão demorando?
19:30 [Best halmeoni❤] Park Jimin me responda
19:32[Me] Aigoooo, halmeoni, eu estava dormindo
19:32[Me] Não vou esquecer a caixa de som, pode deixar😘❤
19:33[Me] Que surpresa????
19:39 [Best halmeoni❤] Se eu escrever vai deixar de ser uma surpresa, NÉ?
19:30 [Best halmeoni❤] Vem logo.

Bloqueou novamente a tela, rindo levemente ao perceber de onde puxou a impaciência tão característica dos Parks. Desceu o lance de escadas, encontrando sua mãe com uma camisa social bege, uma saia de pregas até os joelhos e uma meia calça cor da pele, os cabelos em tom carvão soltos em suaves ondas. – Você está incrível, Omma!- exclamou maravilhado.

A surpresa da vovó. vkookmin aboOnde histórias criam vida. Descubra agora